Estádio Municipal de Tomar
Árbitro – José Martins, de Leiria
U. TOMAR – Carlos Alberto; Baldé, Rafael, Brites e Boavida; Marito, Alcídio (cap.) e Simões; Ferreira (69m – Carvalho), Abreu e Ulisses
E. AMADORA – Nobre (23m – Eduardo); Almeida, Luz, Trindade e Lérias; Rosa (cap.), Vitor Hugo e Nacib; Justino, Carlos Alberto (57m – Salvador) e Manolo
1-0 – Ulisses – 80m
1-1 – Justino – 86m
(Imagens – “Gazeta dos Desportos”, 20.06.1983)
(Imagem – “Record”, 21.06.1983)
(Imagem – “A Bola”, 20.06.1983)
31 Março 2011 at 13:20
Esta recordação vem num momento muito triste do Estrela, como se pode ler aqui nesta notícia de hoje da Bola:
Clube da Amadora perdeu equipa da I Divisão de futebol, mas também anos de glória no ténis-de-mesa, esgrima e pesca de competição. Nos anos 80 era um sonho ser atleta na Reboleira. A BOLA conta-lhe por onde andam os pequenos tesouros, dos troféus «guardados» por ratos às memórias pessoais e cheias de saudade.
Quem passa pelo Estádio José Gomes, na Reboleira, encontra o hoje desolador cenário do Estrela da Amadora. O recinto ainda há bem pouco tempo vivia o frenesim de grandes jogos da I Divisão de futebol. Hoje tudo são memórias.
Agora que o clube, em tribunal, conheceu a sentença e vai para liquidação de modo a pagar aos muitos credores, todos se despedem do futebol que projectava a cidade no panorama nacional. Mas, o que a muitos escapa é que, além do futebol, no pavilhão do estádio, nas salas improvisadas com pladur, muitas outras modalidades que elevaram o emblema, formando campeões regionais, nacionais e internacionais, estão a ser levadas na maré.
No início do clube tricolor (ficou com esta designação por ter sido visitado por um grupo de brasileiros do Fluminense que se apegaram ao emblema enviando-lhes equipamentos) o boxe, a ginástica e o judo eram as modalidades que mais projectavam o Estrela.
Seguiram-se anos dourados de pesca de competição, ténis-de-mesa e esgrima que coleccionaram taças, medalhas e troféus hoje abandonadas junto ao bolor das paredes do estádio.
Muito do espólio, dizem, jaz na antiga sede do Estrela que, presentemente, no centro da cidade, serve de casa a ratos. Ninguém sabe o que acontecerá a tão rico património. Quando publicado em Diário da República que o Clube Futebol Estrela da Amadora acabou; quando, definitivamente, fecharem os portões a cadeado, tudo irá para venda. Até as medalhas e as taças das modalidades que mais não fazem que apanhar teias de aranha, empilhadas e esquecidas num anexo da Reboleira.
31 Março 2011 at 20:28
É pena que os clubes acabem assim, por via de algumas ‘loucuras’ que se fizeram pouco antes.
Esperemos que seja possível ainda salvar o U. Tomar, com problemas naturalmente de muito menor dimensão, em termos de valor envolvido…