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Caros unionistas,
O nosso clube, União de Tomar, comemora hoje o seu 108.º aniversário.
Este é já o terceiro ano sucessivo em que, por razões de ordem de saúde pública, e por prudência, estamos privados de nos reunirmos na tradicional comemoração de aniversário do clube.
A pandemia não acabou. Felizmente, os avanços da medicina, em especial por via das vacinas tão rápida e eficazmente desenvolvidas, permitiram minorar os efeitos desta terrível doença. Mas não esquecemos que cada vítima tem um rosto e uma família.
Num contexto que continuou a ser de alguma forma adverso, mas, progressivamente, buscando a “normalidade” possível, o clube manteve o seu funcionamento, com forte dinamismo, desde o início da temporada em curso também com a satisfação de poder retomar a actividade das camadas de formação, após ano e meio de paragem forçada.
A nível do futebol, num momento alto inédito na história do clube, as equipas do União de Tomar chegaram a liderar, em simultâneo, as classificações dos Campeonatos Distritais dos vários escalões: de Seniores, de Juniores, de Juvenis e de Iniciados!
O campeonato de Juniores chegou já ao seu termo, tendo o União completado a prova no 3.º lugar. Os seniores, tal como os juvenis, ocupam presentemente o 2.º lugar, já na recta final das competições, ainda com possibilidade, mesmo que apenas matemática, de poder eventualmente melhorar essas classificações.
As nossas equipas tiveram de confrontar-se, em todos esses escalões, com adversários de grande valia – colocando-se mutuamente acrescidos níveis de exigência, reforçando o nível competitivo de cada um dos clubes envolvidos –, aos quais, vindo a confirmar-se as classificações actuais, haverá que reconhecer o mérito em tais conquistas.
Em qualquer caso, o acesso da equipa principal do União de Tomar a nova participação em competições de âmbito nacional, no caso a Taça de Portugal, está praticamente garantido, bastando, para tal, um ponto nos quatro jogos que lhe faltam disputar.
Esta será a quinta vez, nos últimos oito anos, que o União alcança um lugar no pódio. Se terminar o campeonato no 2.º lugar, será a quarta vez, desde 2009, que será vice-campeão distrital (depois de 2009, 2015 e 2018).
Com as 20 vitórias já alcançadas no campeonato desta época, este é o melhor desempenho desde que, há 24 anos, se sagrou Campeão Distrital pela última vez, podendo mesmo vir ainda a superar – nos quatro jogos finais – os registos então alcançados, a nível de triunfos e em termos pontuais.
Quanto à nossa equipa de Iniciados acalenta ainda todas as esperanças de poder vir a conquistar o tão ambicionado título, para o que depende exclusivamente de si própria.
No atletismo continua a ser impressionante a “folha de serviços” dos nossos atletas.
A nível nacional a equipa feminina do União de Tomar foi vice-campeã da III Divisão; tendo a equipa masculina sido 3.ª classificada em tal campeonato.
No plano regional, o União obteve o pleno de conquistas nos Campeonatos Distritais de Pista coberta, com 6 títulos colectivos averbados, tendo-se sagrado Campeão Distrital absoluto, assim como nos escalões de Juniores e de Juvenis, quer no sector masculino, como no sector feminino – a que acresce um total de 11 títulos individuais conquistados em termos absolutos.
Somam-se, na temporada ao ar livre, os títulos de Campeão Distrital de Juniores em masculinos e femininos (também com 11 títulos individuais); assim como os títulos de Campeão Distrital de Juvenis em masculinos e femininos (igualmente com outros 11 títulos individuais conquistados); tal como o de Campeão Distrital de Iniciados no sector masculino (com mais 7 títulos individuais).
São ainda diversos os destaques individuais a que, justamente, e com gosto, aqui faço referência:
- Rodrigo Graça sagrou-se Campeão Nacional Universitário em Pista coberta (estafeta 4x200m, prova disputada em representação da Universidade de Aveiro);
- Manuel Dias, vice-campeão nacional no Decatlo;
- Carlota Gonçalves, 3.ª no salto com vara; e Manuel Dias, 3.º nos 110m barreiras, no Campeonato Nacional de Esperanças (sub-23);
- Margarida Mota, vice-campeã nacional de Juniores, no salto em altura; e 3.ª no Campeonato de Portugal;
- Tiago Costa, vice-campeão nacional de Juvenis, no salto com vara e nos 110m barreiras;
- Tiago Costa, igualmente vice-campeão nacional de Juvenis em Pista coberta (no salto com vara); e 3.º nos 60m barreiras; e Rodrigo Martins, 3.º nos 3.000m no mesmo campeonato;
- Manuel Dias, 3.º classificado, no salto com vara, no Campeonato de Portugal;
- Maria José Pinto (F40) e Carolina Feliz (F60), vice-campeãs nacionais de Estrada (Veteranos);
- Carolina Feliz (F60), vice-campeã nacional de corta-mato; e Luís Rodrigo, 3.º classificado (M60) (Veteranos);
- Marco Francisco, vice-campeão nacional nos 10.000m (Veteranos – M35).
Os últimos 12 meses ficam, por outro lado, tristemente assinalados pelo desaparecimento de vários nomes que se distinguiram pela sua acção em prol do União de Tomar, como dirigentes ou atletas, cuja memória aqui evoco também, como singela homenagem e agradecimento:
- Fernando Gomes da Costa Carrão, antigo dirigente, um dos responsáveis – a par de Mário Gonçalves e João Lopes da Costa – pelo Departamento de futebol do clube nas décadas de 60 e 70, tendo feito parte dos principais obreiros que elevaram o União desde os campeonatos regionais até à I Divisão Nacional;
- Rui Martinho, antigo Presidente do clube (na época de 1995-96) – numa nota mais pessoal, recordo que foi sob a sua presidência que me tornei sócio do União, há 27 anos;
- João Carlos da Costa, o protagonista do momento áureo da centenária história do União de Tomar: o capitão de equipa na conquista do título de Campeão Nacional da II Divisão, na época de 1973-74;
- Francisco Caló, antigo jogador, na primeira época do clube na I Divisão, em 1968-69, tendo sido internacional pela selecção portuguesa de “Promessas”, quando representava as cores unionistas;
- Fernando Luís Gonçalves, o “Madeirense”, jogador do União de 1970 a 1976, presença assídua nos jogos dos Veteranos do clube, homem de coração enorme e grande generosidade, que se tinha tornado também um amigo, o qual deixa muitas saudades;
- António Augusto Bastos Nunes, antigo guarda-redes do clube, Campeão Nacional da III Divisão ao serviço do União, na histórica época de 1964-65, cuja partida me causou pessoalmente grande abalo, uma vez que, desde 2012, com ele mantinha forte amizade.
Voltando ao futebol senior, aproveito ainda o ensejo para prestar o meu agradecimento pela dedicação ao clube por parte de alguns jogadores integrantes do plantel desta temporada, realçando os casos de David Vieira (8.ª época consecutiva no União, tendo alinhado já num total de 204 jogos pela equipa principal); Fábio Vieira (nona época sucessiva no clube, com 186 jogos realizados); Filipe Cotovio (sete épocas, com 154 jogos); Tiago Vieira (seis épocas, com 142 jogos); e Luís Pedro Alves (o qual, na sexta época no União, após um total de 137 jogos disputados, se viu forçado, por motivos de saúde, a prematuramente interromper a sua carreira).
Constituem exemplo para os vindouros, transmitindo o “testemunho” aos que, no futuro, prosseguirão a missão de continuar a dignificar e elevar o nome do clube e da cidade.
Viva o UNIÃO DE TOMAR!
Leonel Vicente
Tomar, 4 de Maio de 2022