Futebol


 Edição   Época     Data        Vencedor          Finalista

XLVI     2022-23   28-Mai   Torres Novas      Alcanenense       1-0
XLV      2021-22    5-Jun   Fazendense        Abrant. e Benfica 1-1 (5-4 g.p.)
XLIV     2020-21   27-Jun   Glória Ribatejo   Rio Maior SC      1-1 (5-4 g.p.)
XLIII    2019-20                  Final não disputada
XLII     2018-19   12-Mai   U. Santarém       Coruchense        2-0
XLI      2017-18   13-Mai   U. Tomar          Mação             2-1
XL       2016-17    1-Mai   Mação             Coruchense        2-2 (4-3 g.p.)
XXXIX    2015-16    1-Mai   Fazendense        Riachense         0-0 (4-3 g.p.)
XXXVIII  2014-15    1-Mai   Coruchense        Amiense           3-2
XXXVII   2013-14    1-Mai   Fazendense        At. Ouriense      1-0
XXXVI    2012-13    1-Mai   Amiense           At. Ouriense      0-0 (3-2 g.p.)
XXXV     2011-12    1-Mai   Fazendense        Emp. Comércio     4-1
XXXIV    2010-11   15-Mai   Torres Novas      Cartaxo           1-1 (4-3 g.p.)
XXXIII   2009-10    8-Mai   Riachense         Alcanenense       0-0 (4-3 g.p.)
XXXII    2008-09   30-Mai   Riachense         Alcanenense       1-0
XXXI     2007-08   25-Mai   Mação             Riachense         2-1
XXX      2006-07   12-Mai   Ouriquense        U. Santarém       1-0
XXIX     2005-06   14-Abr   Fazendense        U. Santarém       2-1
XXVIII   2004-05    2-Jun   Amiense           Coruchense        0-0 (4-3 g.p.)
XXVII    2003-04   23-Mai   Monsanto          U. Figueirense    4-0
XXVI     2002-03   18-Mai   Abrantes FC       Águias Alpiarça   2-1
XXV      2001-02            U. Rio Maior      Alcanenense       v-d
XXIV     2000-01    3-Mai   Cartaxo           Monsanto          v-d
XXIII    1999-00   28-Mai   U. Rio Maior      Benavente         v-d
XXII     1998-99   30-Mai   Azinhaga          Marinhais         2-0
XXI      1997-98    7-Jun   Ferroviários      Tramagal          3-0
XX       1996-97   29-Mai   Coruchense        Samora Correia    2-0
XIX      1995-96    2-Jun   Coruchense        Amiense           4-0
XVIII    1994-95   28-Mai   Tramagal          Alferrarede       1-0
XVII     1993-94   28-Mai   Samora Correia    Ouriquense        3-0
XVI      1992-93   30-Mai   Alferrarede       U. Almeirim       1-0
XV       1991-92   12-Abr   Alferrarede       Riachense         0-0 (1-0 a.p.)
XIV      1990-91   29-Mar   Benavente         Alferrarede       1-0
XIII     1989-90   25-Abr   Ferreira Zêzere   Salvaterrense     1-1 (3-1 a.p.)
XII      1988-89   30-Abr   Vasco da Gama     Fazendense        3-3 (5-4 g.p.)
XI       1987-88   15-Mai   Pego              Ferroviários      1-0
X        1986-87    6-Jun   Águias Alpiarça   Marinhais         2-0
IX       1985-86    1-Mai   Lagartos Sardoal  Torres Novas      2-2 (3-2 a.p.)
VIII     1984-85   22-Jun   Águias Alpiarça   Cartaxo           0-0 (2-0 a.p.)
VII      1983-84    6-Mai   Cartaxo           Salvaterrense     1-0
VI       1982-83   22-Mai   Samora Correia    Benfica Ribatejo  1-0
V        1981-82   13-Jun   Tramagal          Samora Correia    1-0
IV       1980-81   29-Mar   Tramagal          U. Almeirim       2-1
III      1979-80    5-Abr   Riachense         Alferrarede       2-1
II       1978-79    9-Jun   U. Santarém       Cartaxo           1-0
I        1976-77    2-Jun   Amiense           Tramagal          3-1
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(“O Templário”, 25.05.2023)

Ao fim de 25 anos, e de 20 épocas no Distrital da I Divisão – após, por várias ocasiões, ter ficado muito próximo do objectivo –, o União de Tomar consegue, enfim, sagrar-se Campeão, garantindo a promoção ao Campeonato de Portugal, regressando, pois, às competições de índole nacional.

Nessas 20 participações no principal escalão do futebol distrital (desde 2002-03) esta foi a 10.ª vez em que o emblema unionista concluiu a prova nos cinco primeiros lugares; ocupando uma das posições do pódio pela 7.ª vez – depois de, em quatro ocasiões (2009, 2015, 2018 e 2022), ter sido vice-campeão; e de ter terminado no 3.º lugar noutras duas edições (em 2016 e 2017).

Um justo prémio para muitos anos de esforços em prol do clube, por parte de órgãos directivos, equipas técnicas (destacando-se as seis temporadas sob a orientação de Eduardo Fortes, a que se seguiram oito épocas sob o comando de Lino Freitas, galardoado com a conquista da Taça do Ribatejo em 2018 – por curiosidade, numa final frente ao Mação) e várias gerações de jogadores.

Um trabalho agora culminado sob a direcção técnica de Marco Marques, repetindo, como treinador, o anterior título de Campeão Distrital, em 1997-98 (então como jogador do União), que junta à conquista, como treinador da equipa de Juniores do clube, da Taça do Ribatejo, em 2013 – vendo coroado de êxito o seu intenso labor e enorme dedicação. Ao Marco, o meu Obrigado!

Destaques – Num campeonato renhido, disputado até ao último dia entre três concorrentes, de que – em largas décadas – havia, até agora, um único antecedente (na época de 1967-68), a forte réplica oferecida por Amiense e Fazendense vem valorizar sobremaneira a conquista do União.

A formação mais regular ao longo de toda a época – na liderança durante um total de 21 (das 30) jornadas, entre as quais as últimas 18 – o U. Tomar entrava para o derradeiro encontro sendo o único a depender apenas de si, “bastando” ganhar ao Mação para confirmar a conquista do título.

Perante este dado, a equipa, com forte personalidade, honrou, desde o início da partida, a missão que tinha a cumprir, assumindo a iniciativa, indo em busca da vitória. Que acabou por ser construída e alcançada com naturalidade. Quando os tomarenses inauguraram o marcador, num remate colocado, de “meia-distância”, desferido por Leandro Filipe, estavam decorridos apenas 17 minutos, tinham demonstrado cabalmente ao que vinham, tendo criado já um par de situações.

O golo tranquilizou o grupo, que manteve a pressão. Mas o melhor estava ainda para vir: não estava completado o minuto inicial do segundo tempo quando Wemerson Silva, com um remate “bombeado”, fez a bola sobrevoar o guardião contrário, estabelecendo o “placard” final de 2-0.

Logo aí começou a formar-se a convicção de que a vitória – e, consequentemente, o título – não escaparia ao União. E assim foi. Até final, os nabantinos, perdulários, não conseguiram aproveitar algumas soberanas ocasiões para voltar a marcar. A grande festa esperava já por eles!

O Amiense, em igualdade pontual face ao líder, tinha também uma tarefa a realizar: a de vencer o seu desafio, recebendo o Torres Novas, na expectativa de algum eventual deslize dos unionistas.

Cedo (apenas com dez minutos decorridos) se colocando em vantagem, o conjunto dos Amiais repetiria a “dose” no segundo tempo, marcando de novo após estarem jogados dez minutos, fixando o resultado em 2-0. Porém, as notícias que chegavam de Tomar não eram as desejadas…

O grupo de Amiais de Baixo, com excelente desempenho nesta época, alcançou, não obstante, magnífico 2.º lugar, superando todas as expectativas – terminando, aliás, com o mesmo número de pontos do Campeão – tendo como prémio a presença na próxima edição da Taça de Portugal.

Por seu lado, o Fazendense – imune à decepção de ter deixado escapar uma situação, que chegou a parecer privilegiada, de poder conquistar o título (quando, depois de ter já derrotado o Amiense, recebia, na 27.ª ronda, o U. Tomar, apenas com um ponto de desvantagem), tendo acabado, inesperadamente, por ver-se relegado para o 3.º lugar, sem sequer ter a consolação do acesso à Taça de Portugal – goleou, em jogo de “final de estação”, o Salvaterrense, por categórico 5-0.

Aqui fica uma palavra de apreço pelo brilhante campeonato realizado pela turma das Fazendas de Almeirim, num estimulante duelo com o União, porventura merecedor de algo mais na pauta final.

Também, em paralelo, um abrir de apetite para a próxima edição do Campeonato Distrital, que se antevê empolgante, com vários clubes com fortes aspirações, a que se juntará ainda o Coruchense.

Surpresas – A grande surpresa da derradeira jornada foi o empate (2-2) cedido pelo Alcanenense – em “rodagem” para a Final da Taça –, na recepção ao Águias de Alpiarça (15.º classificado), que, assim, conseguiu fechar a sua participação neste campeonato a pontuar, após dez derrotas.

O conjunto de Alcanena manteve, ainda assim, a 4.ª posição, mercê de outro desfecho algo imprevisto, por parte do Samora Correia (5.º), derrotado por 2-1 no “derby” municipal, pelo rival Benavente (14.º), o qual, já desde a semana anterior, conhecia o seu destino, acompanhando os alpiarcenses e o Entroncamento AC na despromoção ao escalão secundário.

Confirmações – Nas restantes três partidas os favoritos alcançaram a vitória, destacando-se o Fátima, que, mercê da categórica vitória (3-0) ante o Cartaxo (13.º), ascendeu a uma muito meritória 7.ª posição, ultrapassando, sobre o “risco de meta”, os grupos de Salvaterra e torrejano.

Também o Ferreira do Zêzere finalizou da melhor forma um campeonato irregular, somando o quarto triunfo consecutivo, ao bater (2-1) o At. Ouriense; os ferreirenses igualaram, precisamente, aqueles dois emblemas (formando-se um terceto com 39 pontos), mas, por via do confronto directo, acabaram por quedar-se no 10.º posto, após o Salvaterrense (8.º) e o Torres Novas (9.º).

Igualmente inglória foi a vitória do Abrantes e Benfica no Entroncamento, por 3-2, uma vez que não lhe possibilitou melhorar o modesto 12.º lugar final, em paridade pontual com o At. Ouriense (11.º). A formação da cidade ferroviária tinha já definida a sua posição de “lanterna vermelha”.

II Divisão Distrital – Também neste escalão se assinala evolução surpreendente, do Vasco da Gama, que, depois de ter averbado um único ponto nas quatro primeiras jornadas, encadeou um ciclo de três triunfos sucessivos, tendo vencido nos Riachos por 2-1, igualando, precisamente, o Riachense, no 3.º posto. Ao invés, o Tramagal, derrotado (0-1) em casa pelo Moçarriense, somou terceiro desaire consecutivo, baixando ao 5.º lugar, pese embora apenas a um ponto desse duo.

O Forense, ganhando por renhido 4-3 no reduto do Espinheirense, consolida a sua posição, apresentando-se, a três rondas do termo desta fase final, na liderança destacada – a par do Moçarriense – ambos já com uma boa margem, de cinco pontos de avanço face àquele par.

Antevisão – Este Domingo (13 horas) disputa-se a Final da Taça do Ribatejo, entre Alcanenense e Torres Novas, turmas dirigidas, respectivamente, por José Torcato e Eduardo Fortes. O clube de Alcanena participa na Final pela quarta vez (depois de 2002, 2009 e 2010), ainda sem se estrear como vencedor do troféu, que almeja juntar à Taça conquistada no escalão de Juniores. Já os torrejanos participam na sua terceira Final (após 1986 e 2011), aspirando a bisar o triunfo de 2011.

Na II Divisão Distrital todos os três desafios se afiguram de cariz determinante, em relação à definição dos lugares de subida ao escalão principal: o Forense procurará desforrar-se da pesada derrota (1-5) sofrida, na 1.ª volta, no Tramagal; o Moçarriense recebe o Vasco da Gama, podendo, em caso de triunfo, praticamente selar a promoção; o Riachense visita a turma do Espinheirense.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 25 de Maio de 2023)


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Torres Novas....... 9        Alferrarede...... 3        Fazendense....... 2
U. Oper. Santarém.. 8        Marinhais........ 3        Fátima........... 2
Tramagal........... 7        Benavente........ 3        Águias Alpiarça.. 1
Ac. Santarém....... 6        Samora Correia... 3        Abrantes FC...... 1
União Tomar........ 6        U. Almeirim...... 3        Monsanto......... 1
Os Leões Santarém.. 5        U. Rio Maior..... 3        Ouriquense....... 1
Ferroviários....... 5        Coruchense....... 3        At. Ouriense..... 1
Cartaxo............ 4        Rossiense........ 2        Mação............ 1
Alcanenense........ 4        Matrena.......... 2        U. Santarém...... 1
Riachense.......... 4        Amiense.......... 2        Rio Maior SC..... 1

U. TOMAR – Ivo Cristo, Herivandro “Ivan” Banora, Henrique Matos, Siaka Bamba (c.), Guilherme Graça (87m – Douglas Pissona), José “Zé” Maria, Leandro Filipe, Joaquim “Quim Zé” Batim, Pedro Pires (72m – Guilherme Camargo), Anderson Nascimento (26m – José Charles Mendes) e Wemerson Silva (87m – Guilherme Nunes)

(suplentes – Tiago Curado, Fábio Luzio e Diogo Ismail)

MAÇÃO – Francisco “Chico” Sousa, Belarmino “Saúl” Rosa, Bernardo Bento, Nuno Rodrigues, Bruno Araújo, Luís Esteves (c.), Miguel Domingues (75m – Diogo Mateus), Jaime Rodrigues, João António, Diogo Rosa (75m – André Loureiro) e João Freitas

1-0 – Leandro Filipe – 17m
2-0 – Wemerson Silva – 46m

Cartão amarelo – Henrique Matos (40m)

Árbitro – Rui Mendes

Alcanenense – Águias Alpiarça – 2-2
Benavente – Samora Correia – 2-1
Fátima – Cartaxo – 3-0
Amiense – Torres Novas – 2-0
Entroncamento AC – Abrantes e Benfica – 2-3
U. Tomar – Mação – 2-0
Fazendense – Salvaterrense – 5-0
Ferreira Zêzere – At. Ouriense – 2-1

                       Jg     V     E     D       G       Pt
 1º U. Tomar           30    22     2     6    66 - 29    68
 2º Amiense            30    21     5     4    48 - 24    68
 3º Fazendense         30    21     4     5    60 - 20    67
 4º Alcanenense        30    14     9     7    49 - 30    51
 5º Samora Correia     30    14     7     9    47 - 41    49
 6º Mação              30    13     6    11    46 - 39    45
 7º Fátima             30    12     5    13    46 - 41    41
 8º Salvaterrense      30    11     6    13    46 - 49    39
 9º Torres Novas       30    12     3    15    45 - 59    39
10º Ferreira Zêzere    30    12     3    15    45 - 55    39
11º At. Ouriense       30    10     7    13    46 - 62    37
12º Abrantes e Benfica 30    10     7    13    50 - 46    37
13º Cartaxo            30    10     2    18    34 - 52    32
14º Benavente          30     7     5    18    38 - 57    26
15º Águias Alpiarça    30     6     5    19    40 - 72    23
16º Entroncamento AC   30     3     8    19    29 - 59    17

Melhores marcadores:

1º Moisés Iabna (Alcanenense) – 23
2º Cristiano Aniceto (Amiense) – 18
3º Diogo Gameiro (At. Ouriense); e Persi Mamede (Torres Novas) – 16
5º Pedro Pires (U. Tomar) – 15
6º António Pereira (Salvaterrense) – 14
7º Tiago Vieira (Ferreira Zêzere) – 13
8º Hélio Ocante (Mação) – 12
9º Miguel Luz (Mação) – 11
10º Anderson Nascimento (U. Tomar); André Santos (Benavente); Botche Candé (Alcanenense); João Costa (Entroncamento AC); Jorge Dickson Fernandes (Cartaxo); e Tiago Mateus (Fazendense) – 10

(“O Templário”, 18.05.2023)

Na penúltima jornada do campeonato os três candidatos ao título venceram, todos eles em terreno alheio, não vacilando, mantendo-se as posições relativas (U. Tomar e Amiense igualados no comando, com vantagem dos tomarenses no critério de desempate; o Fazendense apenas um ponto abaixo) pelo que a disputa se estenderá ao último dia, possivelmente até ao derradeiro minuto…

Destaques – A primeira nota de realce vai, pois, para os triunfos das três formações do topo da tabela, que, de forma competente, superaram as dificuldades que enfrentavam: o União, ganhando por 2-0 em Salvaterra de Magos; o Amiense, por tangencial 2-1, no difícil reduto abrantino; o Fazendense, por categórico 3-0, frente ao At. Ouriense, que vinha de surpreender em Tomar.

O União não podia ter melhor entrada, colocando-se em vantagem apenas completados os dois minutos iniciais, beneficiando de um auto-golo, decorrente da forte pressão que, desde o começo da partida, exerceu. Tendo sempre maior iniciativa que o Salvaterrense, não surpreendeu o segundo tento, a cerca de dez minutos do intervalo, conferindo importante margem de segurança.

Numa tarde com forte vento lateral a fazer-se sentir, adivinhava-se, na segunda parte, uma tentativa dos homens da casa fazerem lançamentos em profundidade, procurando surpreender a defesa contrária. Mas, controlando muito bem o jogo, os tomarenses não permitiram maiores veleidades ao adversário, que não dispuseram de qualquer efectiva ocasião de golo.

Um jogo que acabou por ser bem mais tranquilo do que se poderia supor, mesmo que seja latente alguma inevitável ansiedade. A vitória por 2-0 não deixou qualquer dúvida sobre o mérito dos unionistas, constituindo um importante tónico para abordar a decisiva partida de Domingo, em Tomar, em que o União, com o “destino nas mãos”, pode voltar a fazer história, 25 anos depois.

Em Abrantes os locais ainda assustaram o Amiense, tendo inaugurado o marcador, mas, bastante sólido, o grupo de Amiais de Baixo operaria a reviravolta ainda na metade inicial, estabelecendo o 2-1 final. Tal como em Salvaterra não se registou qualquer golo no segundo tempo.

Impressionou também a “facilidade” com o que o Fazendense se desembaraçou do At. Ouriense, indo ganhar a Ourém por categórica marca de 3-0, mantendo-se na expectativa de qualquer eventual deslize dos seus rivais (só poderá chegar ainda ao 1.º lugar se ambos perderem pontos).

Numa espécie de “final”, o Cartaxo, impondo-se por 4-2 frente ao Benavente, traçou irremediavelmente o destino do adversário, agora já despromovido ao escalão secundário, acompanhando Águias de Alpiarça e Entroncamento AC. Foi um desafio muito renhido e “nervoso”, com sucessivas cambiantes no marcador, tendo o Benavente chegado a estar a vencer, mas, após os cartaxeiros terem restabelecido a igualdade (a duas bolas), o rival “desmoralizou”.

Surpresa – Já aqui fora referida, na passada semana, a surpresa da derrota caseira (1-2) do Mação ante o “lanterna vermelha”, Entroncamento AC, em encontro que havia sido antecipado.

Confirmações – Com Alcanenense e Torres Novas já com o espírito na Final da Taça, foram de alguma forma expectáveis os desfechos dos respectivos desafios: derrota tangencial (1-2) do conjunto de Alcanena em Samora Correia, o que proporcionou aos samorenses reduzir para apenas um ponto a desvantagem face a esse adversário, ainda com o 4.º lugar por confirmar; empate (1-1) no Torres Novas-Fátima, dois clubes posicionados exactamente a meio da tabela.

Em Alpiarça o Ferreira do Zêzere, a fechar a época em boa forma, somou terceira vitória sucessiva (ganhando por 2-1), no que constitui o décimo desaire consecutivo do Águias no campeonato.

II Divisão Distrital – Continuam as goleadas, tendo, desta feita, a “vítima” sido a turma que concluíra a primeira volta na liderança: o Riachense foi batido pelo Forense por categórico 5-2!

De alguma forma inesperada terá sido também nova derrota averbada pelo Tramagal, desfeiteado pelo Vasco da Gama por 2-1, ao invés, com a turma de Boleiros a ganhar pela segunda semana sucessiva, encurtando distâncias, agora apenas a três pontos do grupo dos Riachos.

O Moçarriense obteve uma segura vitória (3-0) ante o Espinheirense, partilhando o comando com o Forense, ambos com dois pontos mais que o Riachense, com o Tramagal um ponto abaixo.

Antevisão – Tendo a definição do novo Campeão Distrital ficado adiada para a 30.ª e derradeira jornada, em função dos desfechos que se verificaram no passado Domingo, as anteriormente referidas 729 combinações possíveis de resultados reduziram-se, agora, a apenas 27 (3 x 3 x 3)!…

De novo, sem atender às dificuldades específicas de cada um dos desafios, passaram a ser as seguintes as probabilidades de qualquer dos três emblemas vir a sagrar-se Campeão: 52% para o U. Tomar (14 combinações favoráveis); 30% para o Amiense (8); 18% para o Fazendense (5).

Em relação às probabilidades de terminar no 2.º lugar (dando acesso à Taça de Portugal), as hipóteses são, agora, de 40% para o Amiense; e de 30% para o U. Tomar, tal como o Fazendense.

Na larga história dos Campeonatos Distritais da I Divisão da Associação de Futebol de Santarém só por uma vez (na temporada de 1967-68) os três primeiros classificados tinham chegado à última ronda separados por um único ponto (então, U. Almeirim, com 37 pontos; e Ferroviários e “Os Leões” de Santarém, com 36 – tendo a formação do Entroncamento acabado por conquistar o título, mercê de um empate… face às derrotas sofridas pelos outros dois contendores!).

O U. Tomar – que será Campeão se conseguir, pelo menos, desfecho idêntico ao que os seus rivais registarem –, recebendo o Mação, necessitará, independentemente de qualquer outra coisa, de fazer a sua parte, para não ficar dependente de outros resultados; isto é: precisa de ganhar o jogo!

Trata-se de um adversário valoroso, frente ao qual, em oito jogos disputados em Tomar, na última década, o União venceu três (incluindo na última época), tendo cedido cinco empates. Foi igualmente ante o Mação, que, há cinco anos, conquistou o seu último troféu: a Taça do Ribatejo.

Mas o Mação é, também, um adversário já com a sua classificação final fixada (6.º classificado), pelo que o resultado deste desafio em nada afectará o seu desempenho na presente temporada.

Ao contrário dos nabantinos, os maçaenses – já sem objectivos concretos – entram em campo sem qualquer tipo de pressão. Os unionistas terão, pois, de estar preparados para enfrentar todos os cenários, com força mental para superar qualquer eventual adversidade que se lhes possa deparar, com a noção de que este poderá ser um jogo “aberto”, com “bastantes” golos, e que só terminará quando o árbitro apitar pela última vez. Dar tudo pela vitória, numa oportunidade “única”.

E isto porque, quer Amiense (recebendo o Torres Novas), quer Fazendense (visitado pelo Salvaterrense), são claros favoritos a somar os três pontos (mesmo que, na última época, a equipa de Amiais não tenha ido além do empate ante os torrejanos e o conjunto de Salvaterra tenha surpreendido, vencendo nas Fazendas – desfechos, contudo, de repetição nada expectável).

Na II Divisão Distrital, já na 7.ª jornada da fase final, destaca-se o Tramagal-Moçarriense, em que os visitados jogam cartada determinante. O Riachense-Vasco da Gama poderá dar indicação importante sobre a possibilidade de a agremiação fatimense vir ainda a “reentrar na luta”.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 18 de Maio de 2023)

SALVATERRENSE – Ricardo Pimentel, Guilherme Cardoso, Márcio Semeano, Bernardo Oliveira, Manuel Brenha, Miguel Frieza (c.), João Bento (74m – Mamadu Bari), João Quarenta, António Pereira “Pisco”, Marco Tiago e Tiago Capeto (85m – André Braga) (90m – Herbert Cajé)

U. TOMAR – Ivo Cristo (90m – João Ribeiro), Herivandro “Ivan” Banora, Henrique Matos, Siaka Bamba (c.), Guilherme Graça, José “Zé” Maria, Guilherme Camargo (73m – Leandro Filipe), Joaquim “Quim Zé” Batim, Leandro, Pedro Pires (73m – José Charles Mendes), Anderson Nascimento (90m – Guilherme Nunes) e Wemerson Silva

(suplentes – Douglas Pissona, Fábio Luzio e Diogo Ismail)

0-1 – Manuel Brenha (p.b.) – 3m
0-2 – Joaquim “Quim Zé” Batim – 38m

Cartões amarelos – Tiago Capeto (76m); Pedro Pires (45m); e José “Zé” Maria (83m)

Árbitro – Halim Aqa Shirzad (Afeganistão)

Águias Alpiarça – Ferreira Zêzere – 1-2
Samora Correia – Alcanenense – 2-1
Cartaxo – Benavente – 4-2
Torres Novas – Fátima – 1-1
Abrantes e Benfica – Amiense – 1-2
Mação – Entroncamento AC – 1-2 (07.05.2023)
Salvaterrense – U. Tomar – 0-2
At. Ouriense – Fazendense – 0-3

                       Jg     V     E     D       G       Pt
 1º U. Tomar           29    21     2     6    64 - 29    65
 2º Amiense            29    20     5     4    46 - 24    65
 3º Fazendense         29    20     4     5    55 - 20    64
 4º Alcanenense        29    14     8     7    47 - 28    50
 5º Samora Correia     29    14     7     8    46 - 39    49
 6º Mação              29    13     6    10    46 - 37    45
 7º Salvaterrense      29    11     6    12    46 - 44    39
 8º Torres Novas       29    12     3    14    45 - 57    39
 9º Fátima             29    11     5    13    43 - 41    38
10º At. Ouriense       29    10     7    12    45 - 60    37
11º Ferreira Zêzere    29    11     3    15    43 - 54    36
12º Abrantes e Benfica 29     9     7    13    47 - 44    34
13º Cartaxo            29    10     2    17    34 - 49    32
14º Benavente          29     6     5    18    36 - 56    23
15º Águias Alpiarça    29     6     4    19    38 - 70    22
16º Entroncamento AC   29     3     8    18    27 - 56    17

Melhores marcadores:

1º Moisés Iabna (Alcanenense) – 23
2º Cristiano Aniceto (Amiense) – 17
3º Persi Mamede (Torres Novas) – 16

Ainda com uma jornada por disputar estão já definidos os três clubes despromovidos à II Divisão Distrital: Benavente, Águias de Alpiarça e Entroncamento AC.

(“O Templário”, 11.05.2023)

As duas equipas apuradas para a “festa da Taça” – final a disputar no próximo dia 28 de Maio, no Cartaxo – acabaram por confirmar o favoritismo que, teoricamente, lhes adviria em função da maior regularidade demonstrada no respectivo desempenho ao longo de toda a temporada: o 4.º classificado do campeonato (Alcanenense) superiorizou-se ao 9.º (Fátima); tendo o 8.º (Torres Novas) afastado o 11.º classificado (Abrantes e Benfica).

Não deixou, não obstante, de ter havido alguma surpresa, atendendo a dois factores: por um lado, o facto de, quer Abrantes e Benfica (seis vitórias e dois empates nos oito encontros mais recentes), quer Fátima (três triunfos e três empates, nas últimas sete partidas disputadas), atravessarem bom momento de forma nesta fase da época; a que acresce, por outro, a suposta “vantagem” de terem obtido igualdades no reduto dos adversários, na 1.ª mão das meias-finais.

Destaques – O principal destaque do passado fim-de-semana foi a forma categórica como o Torres Novas se impôs em Abrantes, ganhando por 3-0 (com dois golos obtidos na meia hora inicial do desafio), “rectificando” assim o empate (1-1) concedido em casa há menos de duas semanas, garantindo uma notável qualificação para a Final da Taça do Ribatejo, de que estava arredado há doze anos, no que será a sua terceira presença no desafio decisivo desta competição.

Um justo prémio para a formação orientada por Eduardo Fortes, culminando uma participação até agora invicta nesta edição, na qual averbou três vitórias e dois empates, tendo superado, sucessivamente, os seguintes adversários: Caxarias, Mação, Amiense e, por fim, o Abrantes e Benfica (finalista na época transacta).

Por seu lado, o Alcanenense – que, à entrada para esta fase da prova, se perfilava como principal favorito à conquista do troféu (o que, a concretizar-se, será uma estreia absoluta) –, foi também vencer a Fátima, neste caso por tangencial 1-0, “desfazendo” o nulo registado na 1.ª mão.

Sabia-se da ambição da turma liderada por José Torcato (aspirando a juntar, ao título de Campeão Distrital de Juniores e à vitória na Taça do Ribatejo, nesse mesmo escalão, também a Taça a nível de Seniores), mas, do outro lado, do Fátima, estava o treinador ainda actual Campeão Distrital em título, Gonçalo Carvalho.

No termo de uma renhida disputa, decidida pela margem mínima, prevaleceriam os superiores argumentos do conjunto de Alcanena, que – tendo afastado o Ferreira do Zêzere, Entroncamento AC, Benavente e Fátima, somando quatro triunfos e um único empate cedido na presente edição – marcará presença na final pela quarta vez, treze anos depois da última participação anterior.

Surpresa – Em encontro antecipado da penúltima ronda do Campeonato Distrital da I Divisão, pouco mais do que para “cumprir calendário”, o Mação recebeu o “lanterna vermelha” e já matematicamente despromovido Entroncamento AC, acabando por ser surpreendido, perdendo por 1-2, no que constitui apenas a terceira vitória do grupo da cidade ferroviária no campeonato.

II Divisão Distrital – Também neste caso não seria talvez expectável, em função do desempenho recente (após ter aplicado duas goleadas nas jornadas imediatamente precedentes), o desaire caseiro do Tramagal, tendo sido desfeiteado por 2-0 pelo Riachense, que, desta forma, conclui a primeira volta deste “mini-campeonato” na liderança isolada, tendo somado 10 pontos.

Por seu lado, o Moçarriense, derrotando o Forense por 2-1, igualou, precisamente, o emblema tramagalense, assim como o rival que defrontou nesta ronda, formando-se, assim, um trio perseguidor ao líder, somente a um ponto de distância da formação dos Riachos.

No encontro entre os dois últimos, o Vasco da Gama levou a melhor ante o Espinheirense, ganhando por 2-1. Em qualquer caso, a disputa das três vagas de promoção parece reservada aos quatro primeiros, uma vez que é de cinco pontos o atraso da equipa de Boleiros face àquele trio.

Antevisão – Chegamos, então, à “hora da verdade”, no Distrital da I Divisão, faltando disputar apenas as duas derradeiras jornadas, com uma situação há largos anos inaudita, de termos três clubes em disputa pelo título, concentrados num intervalo de apenas um ponto (entre 1.º e 3.º)!

Desde 1998-99 que não tínhamos três candidatos (então, Ferroviários, Cartaxo e Amiense) a chegar a esta fase final da competição separados por tão escassa margem pontual (e, nessa altura, com três pontos a distanciar o 1.º do 3.º classificado).

No total dos seis desafios que U. Tomar, Amiense e Fazendense terão ainda de enfrentar, resultará uma de entre 729 (3 x 3 x 3 x 3 x 3 x 3) combinações de desfechos possíveis.

Numa análise meramente estatística – sem atender às dificuldades específicas de cada jogo – teremos as seguintes probabilidades de qualquer equipa vir a ser Campeã: 43% para o U. Tomar (316 combinações favoráveis); 32% para o Amiense (234); 25% para o Fazendense (179).

No que respeita às probabilidades (estatísticas, portanto, teóricas) de terminar no 2.º lugar (posição que confere acesso à Taça de Portugal), as hipóteses são, agora, similares; em torno de 1/3 para cada um dos três clubes: 36% para o Amiense; 32% para o U. Tomar e o Fazendense.

O U. Tomar terá, pois, cerca de 75% de probabilidades de ficar num dos dois primeiros lugares; sendo que o Fazendense tem, agora, 75% de hipóteses de não ser Campeão. O Amiense regista probabilidades idênticas de terminar o campeonato no 1.º (32%), 2.º (36%) ou 3.º lugar (32%).

Procurando passar algo mais ao concreto: os três candidatos têm, nesta penúltima ronda, saídas de relativo grau de dificuldade: o U. Tomar desloca-se a Salvaterra de Magos, para defrontar o tranquilo Salvaterrense (7.º); o Amiense visita Abrantes, onde encontrará um Abrantes e Benfica possivelmente ainda a lamentar ter deixado escapar a presença na final da Taça; o Fazendense viaja até Ourém, jogando ante o At. Ouriense, que vem de surpreender em Tomar.

O União, mesmo tendo sido desfeiteado na jornada anterior, beneficia da possibilidade de uma “vida extra” (proporcionada pelo triunfo do Ferreira do Zêzere nas Fazendas de Almeirim), que não pode desperdiçar, continuando a ser o único a depender exclusivamente de si próprio, mas não dispondo de qualquer margem de erro, necessitando, pois, de ganhar os seus dois jogos.

Na II Divisão Distrital, no arranque da segunda volta da fase final, de apuramento de Campeão e de promoção, destaca-se o Forense-Riachense; mas Moçarriense (recebendo o Espinheirense) e Tramagal (deslocação ao terreno do Vasco da Gama) terão também de aplicar-se para vencer.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 11 de Maio de 2023)

                                   2ª mão           1ª mão           Total
Abrantes e Benfica - Torres Novas    0-3              1-1             1-4
Fátima - Alcanenense                 0-1              0-0             0-1

As equipas do Torres Novas e do Alcanenense garantiram o apuramento para a Final da Taça do Ribatejo no escalão de Seniores, agendada para dia 28 de Maio de 2023, a disputar no Estádio Municipal do Cartaxo.

(“O Templário”, 04.05.2023)

Há uma semana aqui tinha deixado escrito que seria uma possibilidade “remota” a de o Amiense vir ainda a chegar ao título. Pois, no futebol como na vida, num ápice tudo pode mudar – mea-culpa, que com os anos que levo a acompanhar o futebol, já vi ocorrer tantas improbabilidades, que, de facto, não deverá nunca, antecipadamente, excluir-se qualquer cenário.

De facto, o conjugar de resultados da antepenúltima ronda, com os candidatos ao título, U. Tomar e Fazendense, a serem, ambos, assaz inesperadamente, derrotados em casa, fez com que a turma de Amiais de Baixo tivesse recuperado, face a cada um desses dois rivais, cinco pontos de atraso em apenas dois jogos, tendo, sensacionalmente, igualado os unionistas no comando!

Subsiste, por ora, a questão de o Amiense ter desvantagem no confronto directo, o que, não obstante o “choque” com o desaire caseiro sofrido, proporciona ao U. Tomar como que uma “vida extra”, tendo mantido – mercê da derrota imposta pelo Ferreira do Zêzere nas Fazendas – a liderança do campeonato, e a posição privilegiada, de ser o único a continuar a depender só de si.

Fazendo um “ponto de ordem”: U. Tomar (dispondo este, como referido, de vantagem no critério de desempate, mercê de goleada por 4-0) e Amiense partilham agora o topo da classificação, ambos com 62 pontos, tendo-se visto o Fazendense – após 17 jornadas consecutivas em que ocupara uma das duas primeiras posições – relegado para o 3.º lugar, somente um ponto abaixo!

Destaques – Comecemos, então, por dar o devido relevo ao excelente campeonato que o Amiense vem realizando, sendo o clube com menos derrotas na competição (apenas quatro, das quais três na primeira volta). Recebendo o 5.º classificado, Mação, não vacilou, impondo-se por seguro 2-0, somando terceiro triunfo sucessivo (sexto, nas últimas sete jornadas).

Tendo apenas o 8.º ataque mais concretizador da prova, mas a segunda defesa menos batida, a formação dos Amiais beneficia de um excepcional grau de conversão dos seus golos (44) em pontos (62) – por exemplo, o U. Tomar regista uma paridade perfeita (62 golos vs. 62 pontos).

Num Domingo marcado por uma anormal propensão para resultados favoráveis aos visitantes (o Amiense foi, justamente, o único visitado a vencer), constituiu também destaque maior o triunfo averbado pelo Ferreira do Zêzere no reduto do Fazendense (repetindo o êxito da primeira volta), mercê de um solitário tento, nos últimos minutos da primeira parte, o suficiente para que os ferreirenses possam, enfim, sossegar, agora com a permanência já matematicamente garantida.

De sensação foi também o desfecho da partida entre o Alcanenense e o Cartaxo, com os cartaxeiros a ganhar por 2-1, ficando em posição muito favorável para garantir igualmente a manutenção, necessitando apenas mais um ponto – sendo que, não obstante, terão um embate crucial na próxima jornada, recebendo o Benavente, o rival directo nessa disputa (uma destas duas equipas será despromovida), necessitando os benaventenses de recuperar seis pontos de atraso.

O que, a avaliar pelo desfecho da passada semana, parece (com todas as reservas necessárias nas circunstâncias…) um cenário pouco “plausível”, atendendo à forma inequívoca como o Benavente foi desfeiteado no seu terreno, perdendo por 0-3 com o absolutamente tranquilo Torres Novas, que, ascendeu, entretanto, a um notável 8.º posto (para além da deslocação ao Cartaxo, o Benavente terá, na derradeira ronda, o “derby” municipal, enfrentando o Samora Correia).

Surpresa – Foi fértil em surpresas a 28.ª jornada, mas – para além dos triunfos já objecto de realce, averbados por Ferreira do Zêzere, Cartaxo e, em certa medida, até no caso do Torres Novas – o desfecho mais imprevisível foi a derrota caseira sofrida pelo U. Tomar ante o At. Ouriense, modesto 10.º classificado, que vinha de uma difícil vitória (por tangencial 3-2) ante o “lanterna vermelha”, tendo, no início do mês de Abril, sido goleado, no seu terreno, por 2-7, pelo Fátima…

Até ao passado Domingo o União tinha um fantástico registo de 18 vitórias em 18 jogos (!) face a todos os (dez) clubes classificados abaixo do 6.º lugar deste campeonato. Um desempenho “perfeito”, irremediavelmente “manchado” por esta derrota, num dia em que “tudo saiu mal”.

Os tomarenses quase entraram a perder, começando por ser surpreendidos com o tento adversário, logo aos onze minutos. Tendo demorado a “reentrar no jogo”, conseguiriam, ainda assim, empatar pouco depois da meia hora. Praticamente à meia hora, mas do segundo tempo, o U. Tomar operaria a reviravolta no marcador (num livre superiormente apontado por Wemerson Silva), chegando ao 2-1, pensando-se que o mais difícil estaria feito.

Porém, apenas quatro minutos volvidos, também na conversão de um livre, o conjunto de Ourém restabelecia a igualdade. Faltava ainda algum tempo (cerca de um quarto de hora, mais o período de compensação), mas, contra todas as expectativas, acabaria por ser o At. Ouriense a chegar ao golo da vitória (3-2)… ao minuto 93. Desta feita a “estrelinha” nada quis com os unionistas.

Pela positiva fica uma nota, ainda assim de grande relevância: se faltavam três vitórias para o título, passaram a faltar, agora, “apenas” duas… nos dois desafios que resta disputar, em Salvaterra de Magos e, em Tomar, ante o Mação. Tudo continua, pois, “nas mãos” do União.

Confirmações – O Águias de Alpiarça, recebendo o Samora Correia, somou nona derrota consecutiva, tendo perdido por 1-2, um registo muito negativo, que, inevitavelmente, ditou já, em termos matemáticos, a sua despromoção ao escalão secundário.

Os alpiarcenses acompanham, pois, o Entroncamento AC, também desfeiteado em casa, pelo Salvaterrense, pela mesma marca (1-2) – restando apurar o terceiro emblema a despromover.

Fátima e Abrantes e Benfica, aspirantes à final da Taça do Ribatejo – com a teórica vantagem de, na 1.ª mão das meias-finais, terem, ambos, empatado em terreno alheio – protagonizaram um empolgante embate, culminando na repartição de pontos, fruto de um certamente “entretido” 3-3.

II Divisão Distrital – A fase final da competição tem sido marcada, após a realização das suas quatro primeiras rondas (de um total de dez) por uma imprevista sucessão de goleadas, outra vez com o Tramagal em grande evidência (ganhando por 6-1 no terreno do Espinheirense), enquanto o Forense respondia à derrota da semana anterior, com um triunfo por 5-1 ante o Vasco da Gama.

Não tendo Riachense e Moçarriense desfeito o nulo, o Tramagal e o Forense repartem a liderança, com mais dois pontos que o grupo dos Riachos, estando a turma da Moçarria um ponto abaixo.

Antevisão – Neste fim-de-semana o Distrital da I Divisão dá lugar à 2.ª mão das meias-finais da Taça, com a disputa das partidas: Abrantes e Benfica-Torres Novas; e Fátima-Alcanenense.

Na II Divisão destacam-se os encontros: Tramagal- Riachense; e Moçarriense-Forense.

A fechar este artigo, aqui deixo o muito merecido destaque, extra-futebol, à fantástica proeza do Sporting de Tomar, sagrando-se vencedor da Taça de Portugal em Hóquei em Patins – depois de, nas meias-finais, ter batido categoricamente o Campeão nacional em título e anterior detentor do troféu, FC Porto, impondo-se, na Final, ao Sporting –, no que constitui, não só a mais brilhante página da centenária história do clube, como um feito sem superação a nível do desporto tomarense. Um justo prémio para todos (atletas, técnicos e dirigentes) por tantos anos de esforços.

(Artigo publicado no jornal “O Templário”, de 4 de Maio de 2023)

U. TOMAR – Ivo Cristo, Herivandro “Ivan” Banora (45m – Fábio Luzio) (84m – José Charles Mendes), Henrique Matos (66m – Guilherme Nunes), Siaka Bamba (c.), Douglas Pissona (84m – Guilherme Graça), José “Zé” Maria, Leandro Filipe, Joaquim “Quim Zé” Batim (84m – Guilherme Camargo), Pedro Pires, Anderson Nascimento e Wemerson Silva

(suplentes – João Ribeiro e Diogo Ismail)

AT. OURIENSE – Tiago Palaio, Dylan Gouveia, Bernardo Martins, Artur Oliveira, Francisco Frazão, Renato Gil, Tomás Silva, Rui Ferreira “Tico”, João Vieira (37m – Filipe Fuaba), Igor Gouvêa (87m – Edú Sousa) e Lucas Marques (90m – Luís Silva)

0-1 – Lucas Marques – 11m
1-1 – Anderson Nascimento
– 32m
2-1 – Wemerson Silva – 74m
2-2 – Francisco Frazão – 78m
2-3 – Lucas Marques – 90m

Cartões amarelos – Anderson Nascimento (67m), João Ribeiro (75m – no banco), Guilherme Camargo (89m) e Pedro Pires (90m); Bernardo Martins (45m), Renato Gil (78m), Rui Ferreira “Tico” (82m), Tomás Silva (90m) e Luís Silva (90m)

Árbitro – Pedro Mendes

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