Faleceu esta tarde, em Tomar, o Dr. Luís Filipe Boavida, de 56 anos de idade, vítima de doença oncológica, que se manifestou há precisamente onze meses.
Foi Presidente da Direcção do União de Tomar, nos anos de 1993 a 1995, tendo sido, com apenas 31 anos de idade, o mais jovem Presidente da história do clube. Antes, já em 1990, fora também Director do “Jornal União de Tomar”, de que foi grande impulsionador. Foi também fundador do jornal desportivo “O Remate”.

Caracterizado por um espírito de forte dinamismo, integrou diversas associações, tendo sido também um dos fundadores da Escola de Futebol de Tomar. Recentemente, fez ainda parte da Direcção do Sporting de Tomar. Era, igualmente, vice-presidente da Associação de Futebol de Santarém.
Foi também dirigente do CIRE (Centro de Integração e Reabilitação de Tomar), da Misericórdia de Tomar, do Lar de S. José e da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Tomar.
Durante mais de duas décadas foi Director Financeiro na Câmara Municipal de Tomar; quando, há menos de um ano, foi surpreendido pela terrível doença, era candidato à presidência do município, candidatura de que se viu então forçado a abdicar.
Criou, a 21 de Outubro de 2017, a Associação Luís Boavida, tendo por missão a protecção das pessoas mais desfavorecidas, com ênfase nas áreas da saúde, ensino e educação, na acção social e no desporto.
Para além do plano institucional, a nível pessoal, Luís Boavida fez o favor de me ter também por seu amigo. O seu carácter empreendedor manifestou-se igualmente na forma entusiasta como colaborou nos projectos dos livros do centenário do União de Tomar e do Sporting de Tomar, e, muito especialmente, do livro sobre a Matrena; foi a ele e ao seu (e também meu) grande amigo Carlos Piedade Silva, que me dirigi, quando tomei a iniciativa de avançar com esta ideia, e de ambos recebi uma colaboração incondicional, estabelecendo contactos, acompanhando-me nas visitas que possibilitaram que a ideia se tivesse concretizado e materializado.
Não esqueço o crucial apoio que me prestou na ocasião da edição daqueles três livros, de que lhe fico reconhecido e muito grato.
Há um mês tentei ainda contactar com Luís Boavida, para expressar a forma como, repetidamente, me lembrava e pensava nele, e, de forma algo “egoísta”, para o convidar para a apresentação do livro sobre a Mendes Godinho. Infelizmente, não seria já possível dar-lhe pessoalmente o abraço de força e coragem que gostaria de lhe ter dado.
Aqui expresso as minhas sentidas condolências à família e amigos de Luís Filipe Boavida. Nesta hora de imensa tristeza, envio o meu abraço solidário.