Atingindo-se a penúltima jornada do Distrital, o agora líder isolado, Fátima, única equipa que depende exclusivamente de si própria para a conquista do título de Campeão, é também o único dos candidatos a jogar em casa, recebendo o Samora Correia.

Estes dois clubes apenas se cruzaram, em anos recentes, uma vez, na época passada, tendo-se registado então uma igualdade a zero.

Os fatimenses seguem com uma série de sete triunfos consecutivos, tendo vencido dez dos últimos onze jogos, nos quais cederam somente um empate. Por seu lado, os samorenses, que já não poderão melhorar o 6.º posto que ocupam, perderam seis dos últimos jogos, dos quais ganharam apenas dois.

Em casa, o Fátima perdeu duas vezes, com o Ferreira do Zêzere e Fazendense. Por curiosidade, o Samora Correia soma tantas vitórias em casa como na condição de visitante (seis), sendo que não empatou nenhum jogo em terreno alheio! O Fátima é, pois, claro favorito a somar mais três pontos esta tarde.

Os outros três emblemas do topo da tabela enfrentarão certamente dificuldades, mesmo que de grau diferenciado, com realce para o Coruchense-Fazendense, em que os forasteiros jogam cartada decisiva, “proibidos” de perder pontos, perante um adversário que acabou de ir a Abrantes derrotar um dos até então líderes, o Abrantes e Benfica.

Em quatro encontros entre as formações do Sorraia e das Fazendas, na última década, registam-se duas vitórias do Coruchense, um empate, e somente um triunfo do Fazendense, tendo goleado por 5-0, mas já quase há dez anos…

A turma da casa venceu nas quatro últimas rondas, mas os visitantes fizeram melhor, com cinco triunfos sucessivos.

Em Coruche, os locais foram também batidos em duas ocasiões, pelo Fátima e pelo Torres Novas. Quanto ao Fazendense, ganhou já oito vezes em campo adversário, onde apenas perdeu, igualmente por duas vezes, em Ferreira do Zêzere e em Abrantes.

Isto dito, este parece ser um jogo de tripla, em que qualquer desfecho poderá ocorrer. Veremos quem levará a melhor: se a necessidade de vencer dos visitantes, se a tranquilidade dos visitados, já com a sua classificação final definida, no 5.º lugar.

Em Torres Novas, o Abrantes e Benfica procurará reagir de pronto ao desaire caseiro da passada semana. Nas duas vezes em que se defrontaram, precisamente em 2022 e em 2023, os torrejanos saíram vencedores em ambas, por margem tangencial.

A equipa da casa atravessa fase menos positiva, tendo vencido somente um dos seus últimos oito jogos para o campeonato, integrando um quarteto que disputa ainda as posições entre 6.º e 9.º classificado. Por seu turno, os abrantinos viram interrompida no Domingo uma série de seis vitórias consecutivas.

No seu terreno, os torrejanos foram desfeiteados já por cinco vezes, apenas tendo obtido seis vitórias. O Abrantes e Benfica ganhou sete jogos fora de casa, tendo perdido três, em Ferreira do Zêzere, nas Fazendas e no Cartaxo.

Tal como no caso do Fazendense, os abrantinos são “obrigados” a ganhar, sendo esse um cenário de alguma probabilidade para o desafio de hoje.

O Ferreira do Zêzere, que será, nesta altura, o principal aspirante a destronar o Fátima do 1.º lugar, viaja até à Moçarria, enfrentando um adversário a precisar de pontuar, para tentar fugir à descida de divisão.

Nas três ocasiões em que se defrontaram nos últimos anos, no reduto do Moçarriense, foram os ferreirenses a sair vitoriosos, em todas elas.

O conjunto da Moçarria tem em curso uma série de cinco desaires sucessivos, não tendo conseguido vencer nenhum dos seus últimos onze jogos para o campeonato. Ao contrário, a formação de Ferreira segue com seis vitórias consecutivas.

Em casa, o Moçarriense só ganhou três jogos, tendo perdido sete. O Ferreira do Zêzere ganhou, fora, por oito vezes, tendo perdido três partidas, em Abrantes, Fazendas de Almeirim e Torres Novas. O mais provável será que volte a casa com mais três pontos somados, mantendo a intensa pressão sobre o líder, nesta altura com um único ponto a separar o 1.º e o 2.º classificados.

O Mação, que reparte o 6.º posto com o Samora Correia, desloca-se a Salvaterra de Magos, para defrontar o agora já descansado Salvaterrense.

As duas equipas encontraram-se em 2021 e em 2022, primeiro, com um empate por rara marca de 4-4; depois, com o Salvaterrense a repetir a “chapa 4”, ganhando por 4-2.

O grupo de Salvaterra conseguiu, no passado Domingo, ganhando no terreno do Vasco da Gama, quebrar, no momento “ideal”, um ciclo de oito jornadas sem vencer, o que lhe proporcionou, desde logo, a garantia da permanência no principal escalão. Os maçaenses triunfaram nas duas rondas mais recentes.

No seu terreno, o Salvaterrense tem um registo muito repartido, com cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas. O Mação, na condição de visitante, ganhou por quatro vezes, tendo perdido em sete ocasiões.

Os maçaenses disporão de superiores argumentos, mas o factor casa deverá fazer equilibrar a contenda, não surpreendendo mesmo se os visitados puderem levar a melhor.

Em Alcanena, os donos da casa, presentemente na 9.º posição, podendo aspirar a subir ainda ao 6.º lugar, mas, provavelmente, mais focados na Final da Taça do Ribatejo, recebem um ainda aflito Amiense, escassos dois pontos acima da “linha de água”.

Nas quatro ocasiões em que se encontraram nos últimos anos, registam-se dois triunfos para cada lado, no caso do Amiense, de ambas as vezes, por renhido 3-2.

O Alcanenense não ganha há quatro jogos. O Amiense, tendo vencido há três semanas, no campo do Vasco da Gama, a verdade é que esse foi o único triunfo averbado nas últimas onze jornadas!

O conjunto de Alcanena perfila-se como favorito, mas a necessidade poderá aguçar o engenho, tendo o Amiense a expectativa de poder pontuar, não obstante apenas tenha obtido dois êxitos fora de portas, frente ao Forense e ao Vasco da Gama.

O já tranquilo Cartaxo recebe o Forense, última equipa acima da “linha de água”. Os cartaxeiros não ganham há nove jornadas, e tal “seca” poderá prolongar-se hoje, perante um adversário que soma cinco triunfos nas oito últimas rondas.

O igualmente “aflito” At. Ouriense, actual penúltimo classificado, terá ocasião muito propícia a poder voltar a somar os três pontos, depois de três derrotas nas rondas mais recentes, ao receber o “lanterna vermelha”, Vasco da Gama, que, para além de ter sido derrotado em todos os 14 jogos realizados em terreno alheio, acumula uma incrível sucessão de 23 desaires!

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 12.05.2024)

O Distrital da I Divisão entra na sua recta final, para as três jornadas decisivas, ainda com quatro candidatos ao título, concentrados num intervalo de apenas três pontos.

O líder, Fátima, começa por enfrentar uma ameaçadora saída até aos Foros de Salvaterra, com o Forense empenhado em preservar a posição (acima da “linha de água”) que tanto lhe custou alcançar.

Estas duas equipas nunca se cruzaram, no terreno do Forense, em jogos para o campeonato do principal escalão. Os fatimenses vêm embalados por uma excelente série de seis vitórias consecutivas (nove nos últimos dez jogos, nos quais apenas cederam um empate no “derby”, em Ourém). Mas também o Forense, a protagonizar notável recuperação, saiu vitorioso em cinco das sete rondas mais recentes (isto, depois de ter acumulado desaires em todos os oito desafios precedentes!).

Em casa, o Forense ganhou quatro vezes, tendo sofrido oito derrotas. Porém, três dessas vitórias foram averbadas face aos três últimos classificados (os que se encontram atrás de si na tabela), para além de ter também batido o Mação. Por seu lado, o Fátima apenas perdeu em Alcanena, tendo empatado em Ferreira, nas Fazendas, Samora e Ourém.

Isto dito, os fatimenses são favoritos, claro, mas não poderão “facilitar”, sob pena de poderem ceder um comprometedor deslize.

Caberá aos outros três candidatos jogar em casa nesta 28.ª jornada: Ferreira do Zêzere e Fazendense serão, em condições normais, amplamente favoritos, face ao At. Ouriense e ao Moçarriense – não ignorando, todavia, que se trata de outros dois conjuntos com grande necessidade de pontuar, para procurar escapar à sentença da despromoção ao escalão secundário; por seu lado, o Abrantes e Benfica encontra uma boa equipa, não obstante já tranquila no seu 5.º lugar, o Coruchense.

Começando precisamente por este embate, os dois emblemas apenas se defrontaram uma vez, no final de 2019, então com o triunfo a sorrir à turma do Sorraia, por 2-1.

Os abrantinos têm um registo praticamente análogo ao do Fátima nas dez últimas rondas, apenas tendo sofrido uma derrota, nas Fazendas, tendo vencido os outros nove desafios. O grupo de Coruche segue também com três vitórias sucessivas.

Em casa, o Abrantes tem um registo quase perfeito, com doze vitórias e um único empate, frente ao Alcanenense. O Coruchense apenas perdeu, fora, em Fátima e em Mação, tendo somado já seis igualdades na condição de visitante.

Sem margem de erro, o Abrantes e Benfica, que reparte o comando com o Fátima, perfila-se igualmente com maior dose de favoritismo, ficando para ver que efeito poderá ter o facto de os visitantes se encontrarem perfeitamente descontraídos, com o 5.º lugar virtualmente garantido, e sem poder aspirar a melhorar tal classificação.

Ferreira do Zêzere e At. Ouriense cruzaram-se por quatro vezes em anos recentes, com três triunfos dos ferreirenses, tendo os homens de Ourém vencido em 2019.

Os donos da casa ganharam nas cinco últimas rondas, enquanto o At. Ouriense foi derrotado nos dois jogos anteriores, tendo, aliás, perdido três dos últimos quatro, o que lhe custou cair em zona de despromoção, a dois pontos do Forense, e a três do Amiense.

Em casa, o Ferreira só perdeu com o Alcanenense, tendo empatado com o Fátima. O At. Ouriense ganhou em Samora, Cartaxo e no terreno do Vasco da Gama. Os anfitriões deverão somar mais três pontos esta tarde.

Fazendense e Moçarriense encontraram-se em três ocasiões, com duas vitórias dos visitados, tendo-se registado um nulo no final de 2017.

Os locais ganharam os seus últimos quatro jogos para o campeonato, e vêm também de um inglório triunfo em Alcanena, para a Taça. Ao invés, a formação da Moçarria somou derrotas nas quatro rondas mais recentes, não ganhando há dez jornadas.

O Fazendense foi surpreendido, no seu reduto, pelo Coruchense e Torres Novas, que ali impuseram duas derrotas muito penalizadoras. Já avisado, o grupo das Fazendas não deverá vacilar hoje.

Samora Correia e Torres Novas têm uma disputa directa pelo 6.º lugar. Em seis encontros em anos recentes, regista-se equilíbrio absoluto, com dois triunfos para cada lado (pese embora os dos torrejanos, já nos anos de 2017 e 2018), e dois empates.

Ambas as equipas atravessam fase menos positiva, com mais derrotas que vitórias nas últimas semanas. Os samorenses perderam três vezes em casa, contando os torrejanos quatro triunfos em terreno alheio. Mas a repartição de pontos até se afigura um cenário de alguma probabilidade para esta tarde.

Também envolvido nessa disputa pela 6.ª posição, o Mação recebe um ainda intranquilo Amiense. Em seis embates entre ambos, desde 2015, os maçaenses ganharam três, tendo os forasteiros vencido apenas naquele primeiro confronto, para além de dois empates.

O Mação tinha perdido três vezes seguidas, antes de ganhar, na última ronda, ao Vasco da Gama. O Amiense, sob o comando de Marco Marques, regista uma vitória e um empate. O conjunto dos Amiais apenas venceu nos Foros de Salvaterra e no campo do Vasco da Gama, aspirando a um resultado positivo esta tarde, dado apresentar-se mais necessitado de pontos que o seu adversário.

O Alcanenense poderá ainda tentar alcançar o 6.º lugar, recebendo um já praticamente tranquilo Cartaxo. Em três jogos entre ambos, nos últimos anos, os cartaxeiros ganharam dois, face a uma vitória da turma de Alcanena, em 2021.

O Alcanenense não ganha há três jogos para o campeonato, a que junta a derrota para a Taça (mas por números que não impediram o acesso à Final da competição, onde estará mais focado agora). O Cartaxo também não consegue vencer há oito jornadas, podendo este ser outro encontra talhado para o empate.

O Vasco da Gama recebe o Salvaterrense, com os forasteiros ainda a precisar de pontuar para evitarem eventual situação de intranquilidade nos dois últimos jogos.

Trata-se de um reencontro, após 30 anos, depois de se terem defrontado, para a I Divisão, por duas vezes, no ano de 1994, então com um triunfo para cada lado.

O Vasco da Gama soma uma incrível sucessão de 22 derrotas, mas o Salvaterrense perdeu também nas três últimas jornadas – tendo vencido, na condição de visitante, apenas na Moçarria e nos Foros de Salvaterra. Em qualquer caso, os forasteiros parecem mais próximo de poder averbar os três pontos, que lhes deverão garantir a permanência no escalão principal.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 05.05.2024)

As emoções da recta final do Distrital estarão hoje em pausa, dando lugar à 2.ª mão das meias-finais da Taça do Ribatejo, com Ferreira do Zêzere e Alcanenense procurando confirmar, em casa, a vantagem que adquiriram, nas visitas a Abrantes (3-0) e Fazendas (2-0), portanto, aparentemente, já com tudo decidido… ou não será assim?

Por curiosidade, estes clubes nunca se tinham defrontado em jogos a contar para a Taça do Ribatejo, na condição de visitado e visitante em que se apresentam esta tarde.

Em Alcanena, a turma local recebe o Fazendense, emblema com maior palmarés na competição, com cinco troféus conquistados, nos anos de 2006, 2012, 2014, 2016 e 2022. Ao contrário, o Alcanenense não conseguiu ainda vencer a Taça, tendo perdido as quatro finais que disputou, em 2002, 2009, 2010 e 2023.

Em anos recentes, e antes de ter sido finalista na época passada, o grupo de Alcanena não tinha ido além dos 1/8 de final, por três vezes sucessivas, entre 2020 e 2022. Por seu turno, o Fazendense, para além do triunfo de 2022, fora também semi-finalista em 2020.

Nesta temporada, para chegar a esta fase, o Alcanenense afastou o Pontével, o Tramagal e o Marinhais. O Fazendense começou logo por eliminar, em Torres Novas, o actual detentor do troféu, tendo ainda derrotado o Vilarense.

Ora, se não há histórico de confrontos entre Alcanenense e Fazendense, em Alcanena, para a Taça, as duas equipas defrontaram-se por cinco vezes, para o campeonato, desde 2019, ano da única vitória dos visitados.

Para além de dois empates, o Fazendense ganhou também em duas ocasiões, em 2022 e já em 2024, sendo que, na primeira delas, o fez por um resultado (2-0), que, a repetir-se hoje, lhe permitiria igualar a eliminatória, depois do imprevisto desaire sofrido nas Fazendas.

Em qualquer caso, mesmo que os forasteiros disponham de superiores argumentos, podendo até voltar a ganhar, mais difícil se afigura que possam consumar a reviravolta no conjunto das duas mãos.

Em Ferreira do Zêzere, parece ainda missão mais impossível a de um dos líderes do campeonato, Abrantes e Benfica, inapelavelmente derrotado em casa, na 1.ª mão, por 3-0!

Os ferreirenses conquistaram a Taça do Ribatejo por uma vez, na já distante temporada de 1990, tendo, para além disso, sido também semi-finalistas por três vezes seguidas, entre 1999 e 2001.

O Abrantes e Benfica, numa fase ainda relativamente recente do regresso à competição, nunca venceu a prova, perdendo a Final em 2022, tendo sido igualmente semi-finalista em 2019 e 2023.

Desde 2019 que o Ferreira do Zêzere não ia além dos 1/4 de final. Ao contrário, os abrantinos têm marcado presença assídua em fase adiantada desta competição, nos últimos anos: para além da Final de 2022, disputaram também as meias-finais em 2019 e 2023, e os 1/4 de final em 2021.

Nesta época, o Abrantes e Benfica começou por eliminar o Glória do Ribatejo (vencedor da Taça em 2021), tendo afastado ainda o Moçarriense e, apenas no desempate da marca de grande penalidade, o Porto Alto.

O Ferreira do Zêzere tem sido completamente avassalador na presente edição da Taça, perfilando-se como o principal candidato à conquista do troféu: goleadas por 7-1 frente ao Vasco da Gama, e por 6-1, em Ourém, ante o At. Ouriense, culminando com o 3-0 em Abrantes, na 1.ª mão das meias-finais.

A verdade é que, em cinco jogos para o campeonato entre ambos os clubes, em Ferreira do Zêzere, em anos recentes, o Abrantes e Benfica ganhou por três vezes, duas delas no ano de 2020, e em Fevereiro de 2023, face a dois triunfos averbados pelos ferreirenses.

E, numa dessas ocasiões, em Outubro de 2020, os abrantinos golearam mesmo, por 5-1, números que, a repetirem-se, lhe proporcionariam uma sensacional recuperação na eliminatória. Mas tal é de todo improvável, sendo mais plausível que o Ferreira do Zêzere possa até confirmar o triunfo de há um mês.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 28.04.2024)

A quatro jornadas do final da prova, o Distrital da I Divisão mantém praticamente tudo em aberto, com quatro candidatos ao título, e seis clubes a procurar evitar as duas posições de descida, confirmada que está já, desde a 24.ª ronda, a despromoção do Vasco da Gama.

Cabe, desta feita, ao Fátima, ser o único dos candidatos a jogar no seu reduto, recebendo o Alcanenense, sendo que, na única vez em que, em anos recentes, se cruzaram, foi a turma de Alcanena a sair vitoriosa, por clara marca de 3-0, em Outubro de 2022.

Os fatimenses seguem com um registo de 8 vitórias nas últimas 9 rondas, só tendo cedido um empate, no “derby”, em Ourém, já há quase dois meses. Em casa, apenas empataram com o Abrantes e Benfica, tendo sido derrotados pelo Ferreira do Zêzere e pelo Fazendense.

Por seu lado, o Alcanenense, tranquilo a meio da tabela, só perdeu um dos seus últimos oito jogos, na última saída, a Coruche. Fora de casa ganhou já por 4 vezes.

Em qualquer caso, o Fátima, actual líder, apresenta-se com claro favoritismo, beneficiando também de uma posição que o seu treinador, Gonçalo Carvalho, bem conhece, de há duas épocas, quando conduziu o Rio Maior ao título.

O co-líder, Abrantes e Benfica, desloca-se à Moçarria, procurando repetir a vitória (então por 2-0) obtida na única vez em que se defrontaram, já em Dezembro de 2019.

Os donos da casa não vencem há nove jornadas, nas quais somaram apenas quatro pontos, tendo caído na zona perigosa da tabela, um único ponto acima da “linha de água”.

Os abrantinos têm um registo muito aproximado ao do Fátima, neste caso com 8 vitórias e uma única derrota (nas Fazendas de Almeirim, também há cerca de dois meses) nos nove jogos mais recentes para o campeonato.

Por curiosidade, estas duas equipas têm registos simétricos, na condição de visitado e visitante em que hoje se apresentam: 3 vitórias e 6 derrotas em casa, do Moçarriense; 6 vitórias e 3 derrotas do Abrantes, em terreno alheio.

O favoritismo vai, também neste caso, para os abrantinos, que deverão tirar partido da fase difícil que o adversário atravessa.

Já o Ferreira do Zêzere tem uma desafiante deslocação ao Sul do Distrito, para defrontar o Salvaterrense, onde, no ano de 2022, em dois jogos, ganhou o primeiro, tendo perdido o segundo, ambos com resultado de 2-0.

Também os homens de Salvaterra atravessam “seca de vitórias”, sem conseguir ganhar há 7 jogos. Ao invés, os ferreirenses seguem com quatro triunfos consecutivos.

Este será um jogo-chave para os ferreirenses, que procurarão evitar qualquer perda de pontos, mas o Salvaterrense não está livre de perigo, pelo que necessitará ainda de somar alguns pontinhos até final.

Também de grau de dificuldade que poderá ser elevado se afigura a visita do Fazendense a Ourém, pese embora o At. Ouriense venha de uma retumbante goleada (6-0) sofrida em Abrantes.

Nas seis ocasiões em que, na última década, se defrontaram, o At. Ouriense só ganhou uma vez, face a três triunfos do Fazendense, para além de dois empates.

Em casa, o grupo de Ourém obteve apenas duas vitórias, frente ao Cartaxo e ao Samora Correia, precisamente no último desafio que disputou no seu terreno. Por seu lado, o Fazendense conta já sete vitórias em reduto alheio, sendo favorito a ampliar a contagem esta tarde, dando sequência a um ciclo de três vitórias sucessivas.

O 5.º e o 6.º classificados, separados por 4 pontos, encontram-se em Coruche, com a turma local a receber o Samora Correia.

Em anos recentes, registam-se apenas dois embates entre estes dois clubes, em 2016 e em 2019, com triunfo do Coruchense nessas duas ocasiões.

Por curiosidade, ambas as formações somam seis vitórias, respectivamente, enquanto visitado e como visitante; mas os samorenses perderam já por sete vezes fora de casa, onde ainda não empataram. O que não deverá suceder ainda hoje, devendo a turma do Sorraia somar mais três pontos, o que, a acontecer, significará o “selar” do 5.º lugar final.

Na luta pela permanência – e para além do já despromovido Vasco da Gama – temos, nesta altura, seis concorrentes na disputa por quatro vagas de manutenção: Cartaxo (29 pontos) e Salvaterrense (28) parecem ter boa margem de segurança (sem, contudo, poder “adormecer”), face a um quarteto intervalado, em escada, por apenas um ponto: Amiense (25); Moçarriense (24); At. Ouriense (23); Forense (22).

O Amiense recebe o Cartaxo, no confronto mais vezes repetido de entre os desafios desta jornada: nas nove vezes em que se encontraram nos últimos dez anos, a tendência é favorável aos donos da casa, que obtiveram quatro vitórias, contra duas dos cartaxeiros, para além de 3 empates.

O Cartaxo tem um registo relativamente fraco fora de casa, apenas tendo vencido nos terrenos do Forense e do Vasco da Gama, sendo que não ganha há sete jogos.

O conjunto dos Amiais procurará fazer prevalecer o factor casa, mas não seria surpresa se os cartaxeiros forçassem a repartição de pontos.

O Torres Novas recebe o Forense, em estreia absoluta no principal escalão do futebol distrital. Os torrejanos contam seis triunfos em casa, enquanto o Forense só ganhou, fora, na Moçarria e ao Vasco da Gama.

O Forense vinha atravessando fase muito positiva, com notável recuperação, mas foi, algo inesperadamente, goleado em casa (0-4), no passado Domingo, pelo Coruchense.

O Torres Novas tem tido desempenho algo oscilante, não tendo também particulares objectivos a alcançar neste final de temporada. Sendo favorito no jogo de hoje, o Forense terá também as suas hipóteses de pontuar.

Igualmente em estreia será a partida entre Mação e Vasco da Gama, duas equipas já meramente a “cumprir calendário”.

A única curiosidade está em saber se os forasteiros terão possibilidade de, pela primeira vez, ao 14.º jogo, pontuar fora de casa, e, em paralelo, de quebrar um ciclo extremamente negativo, de 21 desaires consecutivos! É que o Mação vem, também, de três derrotas sucessivas…

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 21.04.2024)

Virando a agulha, ou como, agora, mais “modernamente” se costuma dizer, mudando o “chip”, terminada que está a fase regular do Campeonato de Portugal, as atenções centram-se agora na fase decisiva do Distrital da I Divisão, que, à entrada para as cinco rondas finais, mantém quatro clubes em acesa disputa pelo título de Campeão, separados apenas por três pontos, sendo, aliás, a liderança repartida, entre Fátima e Abrantes e Benfica.

Precisamente, os fatimenses são, na 26.ª jornada, o único dos candidatos a jogar em terreno alheio, deslocando-se ao Cartaxo.

Fátima e Cartaxo defrontaram-se, na última década, apenas por duas vezes, primeiro, com um empate a uma bola, em 2015, para, mais recentemente, em Janeiro do ano passado, os fatimenses terem vencido por tangencial 1-0.

Os cartaxeiros, ainda não matematicamente livres de perigo, não vencem há seis jogos, nos quais somaram três empates e outros tantos desaires. Já os fatimenses seguem com quatro triunfos sucessivos, tendo vencido sete das suas últimas oito partidas, sendo que cederam um único empate, no “derby”, em Ourém.

No desafio desta tarde, o Fátima volta a apresentar-se com maior favoritismo a somar mais três pontos.

O Ferreira do Zêzere recebe o Mação, que vem de sofrer uma goleada caseira, por números absolutamente imprevistos (0-5), ante o Fazendense.

As duas equipas cruzaram-se por três vezes em anos recentes, com duas vitórias dos maçaenses, em 2018 e há pouco mais de um ano, tendo os ferreirenses vencido em Maio de 2022.

Conjugando o ciclo em curso, de três triunfos, do Ferreira do Zêzere, com o facto de o Mação ter perdido três dos seus últimos quatro encontros, assim como, por outro lado, que os ferreirenses têm feito do seu reduto uma fortaleza (com dez vitórias, um empate – com o Fátima – e, também, uma única uma derrota, ante o Alcanenense), seria grande a surpresa se os donos da casa não ganhassem hoje.

O outro dos co-líderes, Abrantes e Benfica, terá a visita do At. Ouriense, clubes que se defrontam pela terceira vez, depois de uma vitória dos abrantinos no finai de 2021, e de um triunfo dos oureenses há cerca de um ano.

Os visitados registam um desempenho recente muito similar ao do Fátima, com sete vitórias nos últimos oito jogos, apenas tendo sido desfeiteados, há cinco jornadas, nas Fazendas de Almeirim. Já os forasteiros, em luta pela permanência, têm um registo de dois triunfos e um empate, nas quatro rondas mais recentes.

Em casa, o Abrantes e Benfica tem, nesta altura, um desempenho ainda mais esmagador que o do Ferreira do Zêzere, com 11 vitórias e somente um empate consentido, por curiosidade, igualmente frente ao Alcanenense.

Isto dito, também neste caso os abrantinos se apresentam com claro favoritismo, mesmo que devam encarar este desafio com as devidas cautelas.

O 4.º classificado, Fazendense, joga também em casa, recebendo um Salvaterrense em crise de resultados, sem ganhar há seis jornadas, à semelhança do Cartaxo, e que deverá ainda necessitar de mais alguns pontos para alcançar a tranquilidade.

Os dois conjuntos defrontaram-se, em Março de 2022 (com um inesperado triunfo dos homens de Salvaterra, por 2-0), tendo a turma das Fazendas tirado a desforra em Maio do ano passado, goleando por categórica marca de 5-0.

Apesar de o Fazendense ter consentido já dois desaires em casa, tendo perdido com o Coruchense e Torres Novas, para além de outras duas igualdades, deverá ganhar esta tarde.

Alcanenense e Torres Novas disputam a única partida em que as duas formações estão tranquilas, a meio da tabela, respectivamente 8.º e 7.º classificados, já livres de maiores riscos, mas também sem outras aspirações que não as de poderem, eventualmente, chegar ainda ao 5.º posto, nesta altura pertença do Coruchense.

Estes dois emblemas defrontaram-se por três vezes em anos recentes, primeiro com os torrejanos a ganhar, em 2019, para, no ano de 2022, ter sido o grupo alcanenense a vencer em duas ocasiões.

O Alcanenense, que parecia vir atravessando melhor fase, na qual somou quatro triunfos em seis partidas, viu quebrado esse ciclo de invencibilidade, perdendo, na passada semana, em Coruche. Ao invés, o Torres Novas, depois de quatro jogos sem ganhar, retomou o trilho das vitórias, no passado Domingo, pese embora por difícil 3-2, na recepção ao Cartaxo.

Podendo beneficiar do factor casa, o Alcanenense será ligeiramente favorito a ganhar hoje.

Nos outros três embates, estará em discussão a permanência.

O Samora Correia recebe o Moçarriense, na expectativa de poder repetir os triunfos de 2018 e 2019, última vez em que os dois clubes se defrontaram.

As duas equipas atravessam fase negativa, no caso dos samorenses, com cinco derrotas nos últimos sete jogos, apenas tendo vencido o “lanterna vermelha”, Vasco da Gama. O conjunto da Moçarria, sem ganhar há oito jornadas, veio caindo na tabela, agora já muito próximo da zona perigosa.

O Samora Correia, procurando certamente potenciar o factor casa, será favorito à vitória no jogo de hoje.

A protagonizar uma excelente recuperação, com um ciclo de quatro vitórias e um empate, o Forense recebe, num confronto em estreia, o Coruchense, equipa que mais não pode ambicionar que manter a 5.ª posição que ocupa.

Ambas as formações têm o mesmo número de vitórias (quatro) na condição em que hoje se defrontam. A repartição de pontos parece um cenário de boa probabilidade, mas veremos se os donos da casa conseguirão ainda aumentar o nível de surpresa.

O já despromovido Vasco da Gama tem a visita do Amiense, que se vê, nesta altura, numa impensável posição abaixo da “linha de água”.

Os anfitriões averbaram, até agora, um único ponto, mercê de um empate caseiro com o Alcanenense, tendo sido derrotados em todos os últimos vinte jogos para o campeonato. Os forasteiros só ganharam nos Foros de Salvaterra.

A última vez que se defrontaram tinha sido já há quase trinta anos, em 1995, na altura com um nulo no marcador, um desfecho que até poderá repetir-se hoje, atendendo a que também o Amiense não consegue ganhar há oito jornadas… Veremos se poderá ser bem sucedida a estreia de Marco Marques, agora ao comando técnico da turma dos Amiais, após ter finalizado a época no U. Tomar.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 14.04.2024)

A primeira fase do Campeonato de Portugal chega hoje ao fim, com quase tudo decidido. São já conhecidos, desde a semana passada, os cinco clubes despromovidos aos regionais: Fontinhas, Rabo de Peixe, V. Sernache, Gouveia e U. Tomar. O U. Santarém tem assegurado o apuramento para a fase final, restando confirmar a última vaga, em disputa entre Lusitânia e Marinhense.

As atenções estarão, pois, concentradas, em primeira instância, no desafio entre Alverca “B” e Lusitânia, bastando aos açorianos pontuar para garantir essa vaga.

Os ribatejanos, depois de um ciclo muito negativo, de sete derrotas sucessivas, conseguiram, com um empate e uma vitória, salvaguardar o objectivo da manutenção. Por seu lado, os açorianos vêm de duas derrotas, em Santarém, e, de forma inesperada, em casa, ante o Mortágua.

O Alverca “B” foi derrotado por cinco vezes no seu terreno, o mesmo número de ocasiões em que o Lusitânia ganhou fora. Para esta tarde, afigura-se como provável a repartição de pontos, o suficiente para que os forasteiros acompanhem o U. Santarém na fase final.

Mas, o Lusitânia poderá, inclusivamente, vir a terminar a fase regular da prova no 1.º lugar, caso vença e o U. Santarém não conseguisse ganhar ao V. Sernache, o que, porém, não será expectável.

Os escalabitanos foram batidos em Coimbra, depois de uma série de sete triunfos consecutivos. O grupo de Cernache, já despromovido, só ganhou um dos seus dez últimos encontros.

Em casa o U. Santarém apenas perdeu com o Peniche, ainda na fase inicial da época. O V. Sernache venceu em Alverca, Rabo de Peixe e Gouveia.

Para hoje, antevê-se que os donos da casa ganhem, confirmando assim o 1.º lugar na pauta classificativa.

Na eventualidade de o Lusitânia vir a sofrer um desaire em Alverca, o Marinhense poderia ainda chegar ao apuramento para a fase final, necessitando, para tal, de ganhar ao Gouveia, revertendo o diferencial de quatro golos face aos açorianos.

Num cenário em que o Lusitânia perdesse por 0-1 e o Marinhense ganhasse por 3-0, teríamos uma muito curiosa situação, com estes dois emblemas rigorosamente empatados no final do campeonato: 50 pontos; 40 golos marcados, 23 sofridos; e com igualdade também no confronto directo (2-0 no desafio disputado nos Açores; 2-0 na partida realizada na Marinha)!

A turma da Marinha Grande – que apenas perdeu, em casa, com o U. Santarém e o União 1919, tendo vencido todos os outros dez desafios – é clara favorita, ante um Gouveia, igualmente despromovido, que conta por derrotas todas as cinco últimas rondas.

As restantes quatro partidas desta derradeira jornada servirão apenas para alguns acertos na classificação final, mas sem incidências de relevância.

O Peniche, última equipa acima da “linha de água”, mas já com a permanência garantida, recebe o Benfica e Castelo Branco, que se posiciona num bom 4.º lugar.

Os donos da casa aproveitaram a fase positiva do calendário, com adversários ao seu alcance, para somar três vitórias nas três jornadas mais recentes. Já os albicastrenses, depois de abdicarem da luta pelo apuramento para a fase final, somam três empates e uma vitória nas quatro últimas rondas.

O Peniche tem um desempenho relativamente fraco em casa, onde perdeu mais vezes (cinco) do que as que ganhou (quatro). Mas o Benfica e Castelo Branco apenas venceu em Mortágua e na Sertã. Um empate parece ser também um desfecho plausível para este encontro.

Mortágua e União 1919, já tranquilos, actuais 5.º e 8.º classificados, separados por dois pontos, encontram-se, vindos, em ambos os casos, de vitórias nas duas rondas anteriores – sendo que, todavia, os conimbricenses perderam, na passada semana, o jogo de repetição ante o Alverca “B”.

Os visitados só perderam, no seu reduto, com o 1.º, 2.º e 4.º classificados (U. Santarém, Lusitânia e Benfica e Castelo Branco). Por seu turno, o União 1919 conta três triunfos fora de casa, na Marinha Grande, Sertã e Gouveia.

Em desafio de fim de estação, o Mortágua, potenciando o factor casa, perfila-se como favorito a somar mais três pontos.

Na Sertã, o conjunto local recebe o Fontinhas, que, em função da derrota sofrida no passado Sábado, na Marinha Grande, viu consumar-se a segunda descida de divisão sucessiva, depois de, na época anterior, ter disputado a “Liga 3”.

O Sertanense fez uma boa ponta final de campeonato, com três vitórias e um empate. O grupo da Praia da Vitória até vinha de duas vitórias nas duas rondas anteriores, mas tal não chegou para evitar a despromoção, depois de uma temporada irregular, em que apenas em duas ocasiões conseguiu posicionar-se acima da “linha de água”, à 3.ª e à 5.ª jornada.

Em casa, o Sertanense só perdeu com o Benfica e Castelo Branco e União 1919, mas concedeu cinco empates (o mesmo número de vitórias obtidas). Fora, o Fontinhas ganhou em Alverca, Rabo de Peixe e Tomar.

Os visitados poderão também fazer prevalecer o factor casa, mas não surpreenderia se os açorianos conseguissem pontuar.

O U. Tomar despede-se desta sua época de estreia no Campeonato de Portugal, recebendo a equipa açoriana do Rabo de Peixe, como referido antes, igualmente despromovida.

Os tomarenses apenas conseguiram ganhar, nos últimos tempos, ao Alverca “B”; mas os açorianos perderam também três dos últimos quatro jogos, nos quais obtiveram um único ponto.

Em casa, o União ganhou por cinco vezes, enquanto o Rabo de Peixe conta três triunfos em terreno alheio. Veremos se os unionistas poderão ter uma despedida positiva, esta tarde.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 07.04.2024)

Na penúltima jornada do Campeonato de Portugal as atenções estarão centradas, sobretudo, na luta pela manutenção.

Ainda assim, com o U. Santarém já apurado para a fase final, restando em disputa a 2.ª vaga de qualificação, um dos candidatos, o Marinhense, desloca-se a Cernache do Bonjardim, onde encontrará uma equipa já com o destino traçado, de descida ao Distrital.

Estes dois clubes cruzaram-se, em anos recentes, em quatro ocasiões, sendo que os forasteiros nunca conseguiram ganhar: registaram-se três empates (em 2020 e, no ano de 2022, por duas vezes) e um triunfo do V. Sernache (em 2021).

Nesta época, os donos da casa só conseguiram duas vitórias no seu terreno, ante o Sertanense e o Fontinhas. Por seu lado, o Marinhense, que, vindo de dois desaires, é “obrigado” a somar os três pontos, apenas ganhou, como visitante, em Alverca, Peniche e Gouveia, tendo somado ainda cinco empates.

Não esperando encontrar facilidades, os homens da Marinha tudo tentarão para levar de vencida esta partida, de forma a poder manter o sonho de apuramento para a fase decisiva do campeonato.

Rabo de Peixe e Alverca “B” defrontam-se nos Açores, num embate crucial para as contas da permanência, numa altura em que atravessam, ambos, fase negativa.

Os açorianos, quatro pontos abaixo da “linha de água”, vêm de três desaires nas rondas mais recentes; os ribatejanos têm em curso um terrível ciclo de sete desaires consecutivos, que lhes provocou uma queda abrupta, do 1.º até ao 8.º lugar, podendo necessitar ainda pontuar para garantir a tranquilidade.

O Rabo de Peixe tem, em casa, um registo absolutamente repartido, com quatro triunfos, quatro empates e quatro derrotas. Um desempenho bastante similar ao do Alverca “B”, na condição de visitante, que obteve três vitórias e quatro igualdades.

Um eventual empate poderá ser mais interessante para os visitantes, o que deixaria o Rabo de Peixe em situação bastante difícil.

O também já matematicamente despromovido, Gouveia, recebe o Peniche, última equipa em zona de manutenção.

Os serranos perderam os seus quatro últimos encontros, o que os penichenses procurarão aproveitar para somar terceiro triunfo sucessivo, que lhes permitiria alcançar o objectivo da permanência.

O Gouveia apenas ganhou três dos seus doze jogos em casa, tendo perdido metade desses desafios. O Peniche tem mais pontos somados em terreno alheio que no seu reduto, contando já cinco vitórias como visitante, marca que poderá aumentar esta tarde.

Com situações análogas, o Fontinhas, primeiro clube em zona de descida, terá a visita do já despromovido U. Tomar.

Os açorianos têm somado pontos nas últimas rondas, com duas vitórias, três empates e apenas uma derrota, nas seis jornadas mais recentes. Os tomarenses só conseguiram ganhar ao Alverca “B”, único desfecho positivo intercalado numa série de vários desaires sucessivos.

O Fontinhas tem um registo repartido em casa, com cinco vitórias e outras tantas derrotas, para além de dois empates. Por seu lado, o U. Tomar não conseguiu melhor do que duas igualdades, em Peniche e em Cernache, procurando ganhar no último desafio que disputará em terreno adverso. Porém, os açorianos, beneficiando do factor casa, e ainda em intensa luta pela “sobrevivência”, dispõem, naturalmente, de maior dose de favoritismo.

O outro clube que compete pelo acesso à fase final, o Lusitânia, recebia, em jogo agendado para esta manhã, o Mortágua, equipa que, em princípio, deverá ter já somado os pontos suficientes para se manter, não desdenhando, obviamente, pontuar.

Porém, a turma de Angra do Heroísmo tem sido muito forte no seu terreno, somando dez vitórias, apenas tendo concedido dois empates, com o Fontinhas e o Gouveia.

O Lusitânia perfila-se como favorito, mas deverá ter em atenção que o Mortágua – que ganhou em Alverca e em Tomar – somou quatro triunfos nas cinco últimas jornadas, apenas tendo cedido uma igualdade, nos Açores, ante o Fontinhas.

União 1919, que ocupa excelente 5.ª posição, e o líder, U. Santarém, terão um encontro relativamente “descansado”, mesmo que os escalabitanos não queiram perder o 1.º lugar que ocupam.

Os conimbricenses, tendo somado duas vitórias e dois empates nos cinco últimos jogos, atravessam fase positiva. Mas os escalabitanos têm estado “imparáveis”, com apenas um empate cedido nos últimos 13 encontros, seguindo com sete vitórias consecutivas.

Por curiosidade, apresentam registos similares, na condição, respectivamente, de visitado e de visitante: sete vitórias e dois empates, em qualquer dos casos, para União 1919 e U. Santarém.

Ainda assim, talvez não seja de todo surpreendente se os donos da casa conseguirem pontuar hoje.

Benfica e Castelo Branco e Sertanense disputam um “clássico” regional aparentemente já em situação tranquila, respectivamente 4.º e 5.º classificados, separados por um ponto, com oito e sete pontos de vantagem sobre o Fontinhas, que, não obstante, tem um jogo a menos.

Estes dois emblemas encontraram-se também por quatro vezes, nos últimos anos, com um triunfo para cada lado, e duas igualdades, incluindo na partida mais recente entre ambos, em Novembro de 2022.

Os albicastrenses só uma vez foram desfeiteados no seu terreno, pelo Rabo de Peixe. Mas terão de ter em atenção que o grupo da Sertã segue num excelente ciclo de quatro triunfos, tendo, aliás, vencido já por cinco vezes enquanto forasteiro. Num jogo de tripla, a repartição de pontos poderá satisfazer ambas as equipas.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 24.03.2024)

Quando restam disputar apenas três jornadas, é chegada a hora das decisões, com um embate crucial agendado para esta manhã, entre os dois primeiros classificados, cabendo ao U. Santarém receber o Lusitânia, com as duas equipas separadas por dois pontos, num jogo que, porém, se afigura poder ser mais determinante para os açorianos.

Num cenário favorável, os escalabitanos, que necessitam somar cinco pontos para confirmar o apuramento para a fase final, até poderiam alcançar o objectivo já hoje, ganhando o seu desafio, e desde que o Marinhense não vença a sua partida.

O U. Santarém fez uma segunda volta praticamente irrepreensível, tendo, aliás, cedido um único empate nas últimas doze jornadas, tendo em curso uma série de seis vitórias consecutivas. Por seu lado, o Lusitânia, também a fazer um notável campeonato, segue com três triunfos sucessivos.

Em Santarém, os locais ganharam por oito vezes, cedendo dois empates, apenas tendo sido derrotados pelo Peniche, mas ainda na fase inicial da prova. Os açorianos, fora de casa, têm um balanço nivelado, com quatro vitórias e outras tantas derrotas, para além de três empates.

Num clássico jogo de tripla, o factor casa poderá, ainda assim, fazer pender a tendência para os visitados.

Agora praticamente sem margem de erro, a seis pontos do Lusitânia (mas beneficiando de ter ainda um jogo em atraso), o Marinhense recebe o União 1919, que, mesmo que deva ter já garantido a permanência, não desdenharia pontuar, de forma a ter absoluta tranquilidade para as duas derradeiras rondas.

A turma da Marinha atravessa fase oscilante, com um empate, uma vitória e uma derrota (nos Açores, justamente ante o Lusitânia), nas três semanas mais recentes. Por curiosidade, os conimbricenses têm um balanço similar, vindo, aliás, de um inesperado desaire caseiro frente ao Peniche.

Em casa, o Marinhense tem um registo muito perto de ser perfeito, com nove vitórias em dez jogos, apenas tendo sido batido pelo líder. O União 1919, na condição de visitante, só conseguiu ganhar por duas vezes, na Sertã e em Gouveia.

Pelo que, em condições normais, o grupo da Marinha parece mais próximo de somar os três pontos, esta tarde.

O Benfica e Castelo Branco, agora já praticamente descansado, terá a visita do quase “condenado” Gouveia, a distantes sete pontos da “linha de água”, quando subsistem somente nove pontos em disputa.

Os albicastrenses passam por fase negativa, sem ganhar há cinco jogos, tendo, após três desaires seguidos, averbado dois empates. Os serranos fizeram ainda pior, seguindo num ciclo de três derrotas, tendo obtido um único ponto nos cinco últimos encontros.

Em casa, o Benfica e Castelo Branco apenas perdeu, aliás, recentemente, com o Rabo de Peixe. Já o Gouveia, em terreno alheio, só conseguiu ganhar em Peniche e em Tomar.

Os donos da casa serão favoritos, mas poderá esperar-se do Gouveia que encare este jogo como a última cartada, dando o “tudo por tudo” para pontuar, ou mesmo, caso possível, levar a vitória.

Uma irreconhecível equipa do Alverca “B”, matematicamente ainda não livre de um eventual descalabro, que seria a descida, recebe o “aflito” Fontinhas.

Os ribatejanos têm em curso uma inacreditável sucessão de seis derrotas consecutivas. Quanto aos açorianos, não ganham há quatro jogos, nos quais somaram três empates.

Em casa, o Alverca foi já derrotado em quatro ocasiões; sendo que o Fontinhas, apenas ganhou, fora, ao Rabo de Peixe e em Tomar.

Os açorianos, mesmo que em situação um pouco menos crítica que a do Gouveia, tudo farão para somar pontos, mas o Alverca pretenderá também quebrar o enguiço. Um eventual empate será um cenário em “cima da mesa”, mesmo que tal não seja uma grande ajuda para resolver os problemas do Fontinhas.

O U. Tomar, animado com o triunfo alcançado frente ao Alverca “B”, volta a jogar em casa, recebendo o também agora já praticamente tranquilo Sertanense.

Será a 10.ª vez que estes dois emblemas se cruzam em Tomar, tendo, nos nove encontros anteriores, todos a contar para a III Divisão, entre os anos de 1989 e 2002, o União conseguido ganhar uma única vez, por curiosidade logo no primeiro desafio. Seguiram-se quatro empates, todos a zero; e, nos últimos jogos, duas vitórias do conjunto da Sertã e outras duas igualdades.

No campeonato em curso, os tomarenses somam cinco triunfos em casa; os sertanenses já ganharam por quatro vezes em reduto contrário. Por curiosidade, não se registou nenhum empate, nos 22 jogos que as duas equipas fizeram esta época, respectivamente, na condição de visitado e de visitante… o que bem poderá suceder desta feita.

Na luta pela manutenção, o Mortágua é visitado pelo Rabo de Peixe, curiosamente, com as duas formações a apresentarem registos como que em espelho: os locais com 6 vitórias e 3 derrotas em casa; os visitantes com 3 triunfos e 6 desaires fora de casa (para além, em ambos os casos, de dois empates).

Ao Mortágua, em boa fase, um ponto poderá chegar para alcançar o objectivo, mas os açorianos, que vêm de duas derrotas, precisam também de pontos, como de “pão para a boca”.

O Peniche, último acima da zona de despromoção, defronta o V. Sernache, num reencontro, após dois jogos disputados entre ambos na época de 2021-22, com um empate na fase regular, e um categórico triunfo (3-0) dos homens de Cernache, na fase de disputa da manutenção.

Ambas as equipas somaram três triunfos, na condição em que se cruzam hoje, respectivamente de visitado (Peniche) e de visitante (V. Sernache). O prognóstico é, naturalmente, muito incerto, com tudo em aberto para esta tarde.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 17.03.2024)

Na 23.ª jornada, antecipada, praticamente na íntegra, para este Sábado, destacava-se um embate “decisivo”, agendado para esta manhã, entre Lusitânia e Marinhense, dois (dos três) candidatos ao apuramento para a fase final.

Os actuais 2.º e 3.º classificados estão separados por três pontos, a favor dos açorianos, mas com a turma da Marinha Grande ainda com um jogo em atraso.

O Lusitânia ganhou três dos últimos quatro jogos, apenas tendo cedido um empate, em Gouveia. Por seu lado, o Marinhense fez ainda melhor: só consentiu um empate nas últimas cinco rondas, precisamente nos Açores, com o Fontinhas, há duas semanas. Mais: o grupo da Marinha segue num ciclo de seis vitórias e dois empates, não perdendo desde o arranque da segunda volta.

Em casa, os açorianos têm sido praticamente implacáveis, com nove vitórias em onze jogos, tendo registado apenas dois nulos, com o Fontinhas e o Gouveia. Já o Marinhense, em terreno alheio, tem um balanço repartido, com três vitórias e outras tantas derrotas, para além de cinco igualdades.

O desafio de hoje afigura-se um jogo de tripla, mas em que o factor casa poderá ter alguma relevância.

O líder, U. Santarém, também não esperará facilidades, igualmente em viagem aos Açores, a Rabo de Peixe.

O conjunto açoriano vem de uma derrota, precisamente na Marinha Grande, depois de um ciclo bastante positivo, em que somou três vitórias e dois empates. Os escalabitanos, numa senda triunfal, encarreiraram duas séries de cinco vitórias consecutivas, intercaladas por um único empate, em casa, com o… Marinhense.

Em casa, o Rabo de Peixe regista quatro vitórias e quatro empates. O U. Santarém ganhou já seis jogos em reduto contrário, para além de dois empates.

Os santarenos voltam a ser favoritos hoje, mas terão de contar com uma forte réplica de um adversário para o qual cada ponto conta.

Na luta pela manutenção, as atenções estarão focadas no Fontinhas-Mortágua e no Sertanense-Gouveia.

Também nos Açores, o Fontinhas, muito necessitado de pontos, abaixo da linha de água, vem de uma derrota em Santarém, depois de uma vitória e dois empates. O Mortágua, com um excelente ciclo de três triunfos sucessivos, colocou-se em posição privilegiada para alcançar a tranquilidade, mas deverá ainda necessitar de mais um par de pontos.

Em casa, os açorianos têm balanço repartido, o que não é muito positivo para as suas cores, com cinco vitórias e outros tantos desaires. Já o Mortágua, apenas ganhou em Tomar e, mais recentemente, em Alverca.

O Fontinhas deverá ter algum favoritismo, procurando beneficiar do factor casa.

Ainda mais “apertado” será o confronto entre Sertanense e Gouveia. Os homens da Sertã conseguiram, nos três últimos encontros que disputaram, somar preciosos pontos, com dois triunfos e um empate, o que lhes possibilitou voltar a transpor a “linha de água”, abaixo da qual tinham, algo inesperadamente, caído. O Gouveia atravessa fase difícil, apenas tendo averbado um ponto nos seus quatro últimos jogos, estando “obrigado” a ganhar, sob pena de perder a esperança na manutenção.

Em casa, o Sertanense apenas perdeu com o B. C. Branco e o União 1919, mas consentiu já cinco igualdades. Por seu lado, o Gouveia apenas venceu em Peniche e em Tomar.

A turma da Sertã perfila-se com maior dose de favoritismo a somar os três pontos esta tarde.

Teremos ainda um confronto de interessante rivalidade regional, entre V. Sernache e Benfica e Castelo Branco, mais determinante para os visitados, também muito carenciados de pontos.

A formação de Cernache vem de uma importante vitória em Gouveia, tendo, antes, somado dois empates, ou seja, não perde há três jogos. Ao contrário, o Benfica e Castelo Branco, em princípio, já a salvo de maiores preocupações, empatou, na semana passada, com o União 1919, colocando termo a um ciclo negativo de três desaires.

Os donos da casa apenas conseguiram derrotar, no seu terreno, o Fontinhas e o Sertanense, tendo acumulado sete empates. Os albicastrenses também só contam duas vitórias fora de casa, em Mortágua e na Sertã.

Estes dois emblemas defrontaram-se nas temporadas de 2020-21 e 2021-22, primeiro com um empate a zero, e, depois, com triunfo do V. Sernache, por 2-1. Um desfecho que poderá repetir-se hoje, caso o V. Sernache consiga evitar a ansiedade da necessidade de somar pontos.

O U. Tomar, já a começar a pensar no futuro, recebe uma formação do Alverca “B” em manifesta crise de resultados, que acumulou uma impensável sucessão de cinco desaires. Claro que os unionistas, muito fragilizados, seguem também com seis derrotas sucessivas.

Em casa, o União ganhou quatro dos dez jogos realizados, tendo, na fase inicial do campeonato, chegado a bater adversários tão cotados como são os casos do Marinhense (que luta pela subida) e Benfica e Castelo Branco. O Alverca apenas conseguiu ganhar fora, em Peniche, Gouveia e ao Fontinhas.

Esta tarde, um eventual empate poderia ser um resultado que não desagradasse a ninguém.

A jornada conclui-se amanhã com o União 1919-Peniche, em que os forasteiros jogam também cartada decisiva nas suas aspirações.

Os conimbricenses somam sete vitórias em casa, apenas tendo sido batidos pelo Rabo de Peixe. Os penichenses averbaram quatro triunfos fora de casa, mas passam por fase algo oscilante.

O União 1919, já tranquilo, parece ter superiores argumentos, restando saber até que ponto o Peniche poderá superar-se.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 09.03.2024)

Do trio de candidatos ao apuramento para a fase final, dois deles jogam em casa, ante adversários açorianos, em luta pela permanência; o outro candidato, os também açorianos do Lusitânia, será o único a actuar em terreno alheio, em Peniche, igualmente em situação aflitiva na tabela.

O líder, U. Santarém, que ganhou nove dos dez últimos encontros, recebe o Fontinhas, que, após uma série positiva nas três jornadas mais recentes, sofreu um comprometedor desaire caseiro, a meio da semana, ante o Sertanense.

Em casa, os escalabitanos só perderam com o Peniche (na fase inicial da prova), tendo empatado com o Marinhense e Gouveia. Por seu lado, o Fontinhas apenas ganhou em Rabo de Peixe e em Tomar, tendo ainda empatado outros dois jogos em campo adversário.

Em condições normais o U. Santarém dispõe de amplo favoritismo a somar mais três pontos, mas a necessidade de pontuar das equipas da cauda da tabela poderá de alguma forma condicionar o desenrolar do desafio.

O Lusitânia, a dois pontos do comandante, tinha, agendada para esta manhã, a deslocação a Peniche. Os açorianos têm tido bom desempenho nas dez rondas mais recentes, apenas tendo perdido em Coimbra, já há um mês, para além de um empate na Sertã. Os penichenses, depois de um ciclo negativo de quatro desaires, contam uma vitória e dois empates nas três últimas jornadas.

Por curiosidade, os dois emblemas têm registo absolutamente idêntico, na condição, respectivamente, de visitado e de visitante: três vitórias, três empates e quatro derrotas. Em casa, o Peniche apenas ganhou ao União 1919, Mortágua e Sertanense. Fora, o Lusitânia só venceu em Mortágua, Tomar, e ao Fontinhas.

Isto dito, a repartição de pontos pareceria um cenário a considerar, mesmo que os açorianos disponham de poderio superior.

O Marinhense, actual 3.º classificado, a cinco pontos do guia – mas com um jogo a menos –, tem a visita da turma de Rabo de Peixe.

Os homens da Marinha registam cinco triunfos e dois empates nos últimos jogos, vindo, precisamente, de uma igualdade nos Açores, frente ao Fontinhas. O Rabo de Peixe atravessa também ciclo bastante positivo, sem perder há cinco jornadas, o que lhe proporcionou saltar acima da “linha de água”.

Na Marinha, os locais têm um registo muito bom, com oito triunfos em nove jogos, só batidos pelo comandante. Os açorianos pontuaram em metade dos dez jogos realizados em reduto alheio, tendo, aliás, vencido em Castelo Branco, Coimbra e ao Fontinhas.

Tal como no caso do U. Santarém, o Marinhense é natural favorito a ganhar, mas não poderá “facilitar”, perante um adversário ainda em activa busca de pontos, para consolidar a sua posição.

Por seu lado, Gouveia e V. Sernache disputam uma partida em que será “obrigatório” ganhar, sob pena de a manutenção passar a ser uma miragem.

A formação serrana perdeu seis dos nove últimos encontros, apenas tendo conseguido ganhar ao U. Tomar e ao Fontinhas. O conjunto de Cernache não ganha há seis rondas, nas quais foi somando alguns pontinhos, com quatro empates.

O Gouveia só ganhou três vezes em casa, ao Fontinhas, Rabo de Peixe e U. Tomar. O V. Sernache apenas ganhou em Alverca e, nos Açores, ao Rabo de Peixe. Num jogo de tripla, o desfecho até poderá ser um empate, mesmo que, provavelmente, tal resultado não sirva os interesses de qualquer das equipas.

Numa ronda em que não há historial recente de confrontos entre os pares que se cruzam este Domingo, o U. Tomar jogará, em estreia absoluta, em Mortágua, podendo procurar beneficiar da maior pressão para ganhar que, nesta altura, impenderá sobre os anfitriões.

Os visitados até vêm de dois triunfos, perante o Sertanense, e, de forma algo surpreendente, em Alverca; enquanto, ao invés, os unionistas perderam os seus últimos cinco jogos.

Em casa, o Mortágua regista cinco vitórias, tendo perdido três vezes. O União, fora, só empatou em Peniche e Cernache.

Sendo natural favorito o Mortágua, os tomarenses procurarão retirar algo de positivo deste jogo, já numa fase final da temporada.

Benfica e Castelo Branco e União 1919, com trajectórias distintas, partilham, nesta altura, o 5.º lugar, já sem maiores ambições, mas, também, provavelmente, já livres de preocupações.

Os albicastrenses têm em curso uma série negativa de três derrotas. Ao contrário, os conimbricenses cederam um único empate nas última quatro jornadas.

No seu terreno, o Benfica e Castelo Branco só foi desfeiteado pelo Rabo de Peixe, o que aconteceu, precisamente, no último jogo em casa. O União 1919, fora, apenas venceu na Sertã e em Gouveia.

Os visitados dispõem de maior favoritismo, mas este parece ser um jogo aberto, em que qualquer resultado não surpreenderia.

Por fim, o Alverca “B”, que parece ter “desligado” do campeonato, com quatro desaires consecutivos, recebe o Sertanense, que vinha de um ciclo negativo, de cinco jogos sem vencer, que o relegara para posição em zona de descida… antes de, na quarta-feira, ter obtido crucial triunfo nos Açores.

Tendo os ribatejanos perdido já três vezes em casa, a última, na semana passada, com o Mortágua, não surpreenderia também se o grupo da Sertã – que obteve duas vitórias nos Açores, tendo ido ganhar também a Gouveia – conseguisse voltar a pontuar esta tarde.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 03.03.2024)

A entrar na sua recta final, com a disputa da 21.ª jornada, destacam-se, hoje, as seguintes partidas: o clássico U. Tomar-U. Santarém; o Lusitânia-Benfica e Castelo Branco; e o Fontinhas-Marinhense.

Num dos grandes clássicos do futebol do Distrito, o U. Tomar recebe, pela 23.ª vez em jogos oficiais, o U. Santarém. Nas 22 ocasiões em que, até agora se cruzaram, entre os anos de 1976 e 2019, o balanço é favorável aos tomarenses, com oito vitórias, face a quatro triunfos dos escalabitanos, tendo-se registado ainda dez igualdades.

A última vez que o U. Santarém ganhou em Tomar foi já em 2005, tendo, daí para cá, os nabantinos vencido por três vezes, tendo terminado com igualdades os dois encontros mais recentes, em 2018 e 2019.

Porém, todo este histórico terá, efectivamente, pouca relevância para a partida desta tarde, em que as duas equipas se cruzam com trajectórias e perspectivas bem distintas: os forasteiros, com oito vitórias e um empate nas últimas nove jornadas, lideram o campeonato, sendo favoritos ao apuramento para a fase final; os visitados, numa série de quatro desaires sucessivos, com o destino já traçado.

Em casa, o U. Tomar venceu quatro jogos, tendo perdido cinco, não tendo ainda averbado qualquer empate; o U. Santarém tem um registo de cinco vitórias, dois empates e três derrotas em terreno alheio (duas delas frente a concorrentes directos, como são o Lusitânia e o Alverca, tendo a outra ocorrido igualmente nos Açores, ante o Fontinhas).

Isto dito, o U. Santarém é claro favorito a somar mais três pontos, perante uma formação nabantina que procurará superar-se, de forma a poder alcançar o melhor desfecho possível para as suas cores.

O Lusitânia, actual 2.º classificado, a escassos dois pontos do líder, recebe o Benfica e Castelo Branco, já sem grandes esperanças de poder chegar ainda ao apuramento para a fase final, o que, aliás, poderá ficar definitivamente sentenciado hoje, em caso de derrota.

Em casa, a turma de Angra do Heroísmo tem um desempenho muito afirmativo, com oito vitórias em dez jogos, apenas tendo cedido dois empates (ambos a zero), frente ao Fontinhas e ao Gouveia.

Por seu lado, os albicastrenses, na condição de visitantes, só ganharam na Sertã e em Mortágua, tendo somado já seis desaires.

O Lusitânia não atravessa a sua melhor fase, com apenas uma vitória nos últimos quatro jogos, tendo empatado dois e perdido outro. Mas o Benfica e Castelo Branco não estará melhor, antes pelo contrário: nessas mesmas quatro rondas somou três derrotas, apenas tendo vencido, há três semanas, o U. Tomar.

Os açorianos deverão voltar a ganhar hoje, mesmo que uma eventual repartição de pontos não constituísse também grande surpresa.

A outra partida de maior interesse desta jornada, colocando frente-a-frente o Fontinhas e o Marinhense, estava agendada para esta manhã.

Os dois clubes cruzaram-se em duas ocasiões em anos recentes, com um triunfo para cada lado: os homens da Marinha ganharam no final de 2019; o Fontinhas levou a melhor em Novembro de 2021.

Na Praia da Vitória, os locais registam cinco triunfos e quatro desaires; por seu lado, o Marinhense, fora de casa, apresenta balanço repartido, com três vitórias, quatro empates e três derrotas – tendo vencido em Alverca, Peniche e Gouveia.

Os açorianos têm procurado encetar uma recuperação, que lhes permita escapar à zona de descida, tendo, nas últimas quatro rondas, averbado duas vitórias e um empate.

A turma da Marinha surge, nesta fase, bastante melhor ainda, tendo, nos últimos seis jogos, somado cinco triunfos e um único empate, já há cerca de um mês, e obtido no terreno do comandante, U. Santarém.

O Marinhense, ocupando nesta altura o 3.º lugar, a três pontos do guia, beneficia do facto de ter um jogo em atraso, precisamente o que terá de jogar, em casa, frente a este mesmo adversário (Fontinhas), referente à primeira volta do campeonato.

Pelo que, em síntese, os visitantes terão maior probabilidade de trazer a vitória dos Açores, pese embora se possa entender que o Fontinhas tudo terá procurado fazer para conseguir pontuar.

O Alverca “B”, que durante larga fase da prova, fez figura de dominador, liderando o campeonato, teve uma significativa quebra de rendimento, tendo acumulado três derrotas no espaço de uma semana, num ciclo terrível, frente aos três emblemas do topo da tabela (U. Santarém, Lusitânia e Marinhense)!

Recebe esta tarde o Mortágua, que surge animado pelo triunfo averbado na recepção ao Sertanense, no passado Domingo, que lhe proporcionou subir acima da “linha de água”.

Em casa, os ribatejanos ganharam por seis vezes, cedendo um empate, e tendo sido desfeiteados pelo Marinhense e V. Sernache. O Mortágua, em reduto contrário, apenas conseguiu ganhar em Tomar, mas obteve já quatro empates.

O Alverca que se exibiu a alto nível, entre os meses de Setembro a Janeiro, seria óbvio favorito a ganhar; no contexto presente, já algo arredado das aspirações de apuramento para a fase final, poderá ser surpreendido pelos forasteiros, não se afigurando inviável o Mortágua pontuar esta tarde.

Rabo de Peixe e Peniche disputam um desafio de cariz crucial na luta pela manutenção, com os açorianos, nesta altura, a parecerem estar na “mó de cima”, com três triunfos e um empate nas últimas quatro rondas; por seu lado, os penichenses, depois de uma série negativa de quatro desaires, ganharam em Tomar, tendo, na passada semana, empatado em casa, com o Fontinhas.

O conjunto de Rabo de Peixe cedeu já três empates e outras tantas derrotas em casa; enquanto o Peniche tem um registo positivo de quatro triunfos em terreno adverso. Porém, nesta fase, não deixaria de constituir surpresa se os açorianos não ganhassem o encontro desta tarde.

Anota-se, por fim, que foram já disputados os desafios União 1919-Gouveia (na sexta-feira) e Sertanense-V. Sernache (ontem).

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 25.02.2024)

A 20.ª jornada do Campeonato de Portugal, que hoje se disputa, tem como jogo de maior cartaz o que coloca frente-a-frente o U. Santarém e o Alverca “B”, o qual poderá já revestir-se de cariz decisivo, em especial em caso de triunfo dos escalabitanos.

Os visitados têm em curso uma série de oito jogos sem derrota, dos quais venceram sete, apenas tendo concedido um empate, há três semanas, na recepção ao também candidato Marinhense.

Por seu lado, a jovem equipa do Alverca, depois de ter sofrido já duas comprometedoras derrotas nas cinco jornadas precedentes, ambas em casa, ante o V. Sernache, e, no passado Domingo, precisamente com o Marinhense, voltou a perder, a meio da semana, nos Açores, com o Lusitânia, em jogo de acerto de calendário.

Em casa, o U. Santarém apenas foi derrotado, logo no início da temporada, pelo Peniche. O Alverca “B”, fora do seu reduto, conta três vitórias, quatro empates e, agora, duas derrotas, também na Marinha Grande e em Angra do Heroísmo.

Para esta tarde, os santarenos serão favoritos, subsistindo sempre a possibilidade de uma eventual repartição de pontos.

O Lusitânia, que partilha agora a liderança com o U. Santarém, tem uma saída de alguma dificuldade, deslocando-se a Gouveia.

Nas três jornadas anteriores, os açorianos empataram e perderam, antes de voltar às vitórias, no passado Sábado, mas por tangencial 1-0, em casa, frente ao V. Sernache, tendo repetido a dose, na quarta-feira, na recepção ao Alverca “B”.

Já o Gouveia obteve as tais duas vitórias sucessivas, em Tomar e com o Fontinhas, mas, de seguida, voltou a cair na zona de descida, após o desaire registado em Rabo de Peixe, onde, já em tempo de compensação, deixou fugir a vitória.

Em casa, os serranos têm um registo sofrível, com três vitórias, dois empates e já cinco derrotas. Fora, o Lusitânia, tem um desempenho equivalente, com três triunfos, dois empates e quatro desaires.

Com os donos da casa muito necessitados de pontos, o empate poderá ser um desfecho de alguma probabilidade, mesmo que os forasteiros disponham de superiores argumentos.

Outro dos candidatos ao apuramento para a fase final, o Marinhense, que somou quatro triunfos e um empate nas cinco rondas mais recentes, é natural favorito na recepção ao U. Tomar, como que já conformado com o seu destino, que luta apenas pela dignidade dos seus jogadores e do nome do clube.

Tal como registado em relação ao Peniche, os dois emblemas defrontaram-se já por 14 vezes na Marinha Grande, entre os anos de 1966 e 1999, em jogos a contar para o Nacional da II e da III Divisão, e da Taça de Portugal, com tendência claramente favorável aos donos da casa, que somaram nove vitórias, face a apenas dois triunfos dos unionistas, para além de três empates.

Em casa, nesta época, a turma da Marinha averbou sete vitórias em oito jogos, apenas tendo sido batida pelo U. Santarém. Por seu lado, o U. Tomar tem denotado grandes dificuldades em pontuar fora de casa, apenas com dois empates (em Peniche e em Cernache do Bonjardim), nos dez desafios já realizados.

Isto dito, seria, claro, uma grande surpresa se o União conseguisse roubar pontos esta tarde.

Estava agendado já para esta manhã, o Benfica e Castelo Branco-Rabo de Peixe, com os albicastrenses a intercalarem vitórias e derrotas na segunda volta (três cada), o que os afastou dos lugares cimeiros.

Os açorianos chegam motivados pelo triunfo arrancado a ferros no passado Domingo, que lhes proporcionou voltar a subir acima da “linha de água”, tendo em curso um ciclo positivo, de duas vitórias e um empate, nos três últimos desafios.

Em casa, o Benfica e Castelo Branco soma sete vitórias em nove jogos, apenas tendo cedido dois empates, com os candidatos U. Santarém e Alverca “B”. No continente, o Rabo de Peixe apenas conseguiu vencer em Coimbra. Os albicastrenses deverão, em princípio, ter somado os três pontos.

Precisamente, o União 1919 – com três vitórias nos últimos quatro jogos (superando a traumática derrota sofrida em Tomar) – está muito perto de garantir o grande objectivo da manutenção, podendo, talvez, bastar-lhe, para tal, mais três pontos.

Desloca-se, esta tarde, a Cernache do Bonjardim, sendo que a turma local não consegue ganhar há quatro jogos, tendo, entretanto, caído na penúltima posição.

Poderá suceder, hoje, o que tem sido o resultado-padrão do V. Sernache no seu terreno, onde acumula já seis empates (para além de duas vitórias e dois desaires) – isto, não obstante o União 1919 ter um registo fraco em terreno alheio, já com seis derrotas, tendo vencido apenas em Gouveia e na Sertã.

A permanência estará ainda em jogo nos embates Peniche-Fontinhas e Mortágua-Sertanense – respectivamente: 8.º e 10.º; e 11.º e 9.º classificados.

O Peniche teve, em Tomar, um “balão de oxigénio”, após quatro desaires sucessivos, um bom tónico para esta recta final do campeonato. Mas os açorianos parecem mais fortes, tendo vencido dois dos três últimos encontros.

Na única vez em que se cruzaram, em Outubro de 2021, o Fontinhas venceu por tangencial 1-0, um resultado que até poderá repetir-se hoje, sendo também a repartição de pontos uma forte possibilidade.

Mortágua e Sertanense perderam em três das quatro últimas jornadas, vindo, ambos, de dois desaires sucessivos, com a turma da Sertã, algo inesperadamente, a ver-se envolvida nesta luta.

Nas duas vezes em que se defrontaram, em 2021 e em 2022, registaram-se outros tantos empates, um desfecho que poderá ser também um “mal menor” para ambos, esta tarde.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 18.02.2024)

O Campeonato de Portugal entrou já no seu derradeiro terço, ainda com cinco clubes na disputa pelo apuramento para a fase final, de promoção, enquanto os outros nove se mantêm na luta pela permanência.

Esta 19.ª jornada teve, já ontem, dois desafios antecipados, o Lusitânia-V. Sernache e o Sertanense-União 1919, pelo que teremos, esta tarde, apenas cinco encontros.

O “jogo grande” da ronda coloca frente-a-frente o líder, Alverca “B”, e um dos 3.º classificados, Marinhense.

Os ribatejanos seguem com um impressivo registo de sete vitórias nos seus últimos oito jogos, tendo a turma da Marinha cedido apenas um empate nas quatro partidas mais recentes, na deslocação a Santarém.

Em casa, o Alverca “B” tem um desempenho muito sólido, com seis vitórias em oito encontros, apenas tendo sido surpreendido pelo V. Sernache, com quem perdeu, e pelo União 1919, face ao qual cedeu um nulo.

Por seu lado, o Marinhense, só ganhou dois dos nove desafios disputados em terreno alheio, em Gouveia e em Peniche, registando, não obstante, quatro empates.

O factor casa poderá ter relevância no jogo desta tarde, mas a repartição de pontos parece ser também uma forte possibilidade.

Destacam-se ainda, nesta jornada, as saídas dos candidatos U. Santarém e Benfica e Castelo Branco, respectivamente a Mortágua e ao terreno do Fontinhas.

Mortágua e U. Santarém reencontram-se, depois de se terem defrontado em Dezembro de 2022, na altura com triunfo dos escalabitanos por 2-1.

Os visitantes apenas consentiram um empate nas últimas sete jornadas (precisamente na recepção ao Marinhense, como antes referido); por seu lado, os donos da casa vêm de dois triunfos no seu terreno.

Aliás, em casa, o Mortágua só perdeu com o Benfica e Castelo Branco e Lusitânia. Já o U. Santarém, em jogos fora, ganhou quatro em nove, tendo sido derrotado em Alverca e, em deslocações aos Açores, com o Lusitânia e o Fontinhas.

Os escalabitanos, a atravessar bom momento, perfilam-se com maior favoritismo a somar os três pontos esta tarde.

Fontinhas e B. C. Branco cruzaram-se em duas ocasiões em anos recentes, nesta competição, com uma vitória para cada lado: os açorianos ganharam em 2022, depois de terem sido derrotados em 2019.

O conjunto da Praia da Vitória tem sido a grande decepção deste campeonato, posicionando-se, por ora, no penúltimo lugar, tendo perdido três dos quatro jogos mais recentes que disputou, e contando, na condição de visitado, tantas vitórias quantas derrotas (quatro), não tendo ainda, por curiosidade, registado qualquer empate.

Por seu lado, os albicastrenses têm intercalado vitórias e derrotas nesta segunda volta, sendo que, em reduto alheio, só ganharam na Sertã e em Mortágua, tendo averbado já cinco desaires.

Para esta tarde, projecta-se um cenário de repartição de pontos entre Fontinhas e B. C. Branco.

Rabo de Peixe e Gouveia, actuais 10.º e 9.º classificados, respectivamente, traçando-se entre eles a “linha de água”, pese embora igualados em pontos, disputam partida de cariz determinante.

Depois de ciclos de três desaires (no caso dos açorianos) e de quatro derrotas (dos serranos), as duas turmas vêm de resultados positivos nas duas rondas mais recentes, tendo o Rabo de Peixe vencido e empatado, enquanto o Gouveia conquistou as tais duas vitórias seguidas que lhe permitiram, apenas em duas semanas, saltar do último lugar para a zona de salvação.

Em casa, o Rabo de Peixe regista balanço absolutamente repartido: três vitórias, três empates e três derrotas, estas ante o Sertanense, V. Sernache e Fontinhas.

Por seu lado, o Gouveia, na condição de visitante, apresenta, de forma algo imprevista, números muito aproximados, com duas vitórias (em Peniche e em Tomar), três empates e três derrotas.

Este afigura-se, pois, um “jogo de tripla”, de prognóstico imprevisível, mesmo que o factor casa possa ter alguma importância.

O U. Tomar, recebendo o Peniche terá a que poderá ser uma “última oportunidade” de poder continuar a sonhar com a manutenção, tornando-se, para tal, imperioso ganhar este crucial embate.

Os dois emblemas defrontaram-se, ao longo do seu historial, já por 14 vezes, entre os anos de 1966 e 2001, em jogos da II e III Divisão Nacional, e da Taça de Portugal, com tendência favorável aos unionistas, que ganharam por sete vezes, face a apenas três dos penichenses, para além de quatro igualdades.

O União, depois de uma vitória e um empate, perdeu nas duas jornadas anteriores; o Peniche tem em curso uma série de quatro desaires sucessivos, que fez com que baixasse na tabela, tendo vindo a cair, pela primeira vez ao fim de três meses, na zona de despromoção.

Em casa, nesta época, o U. Tomar soma tantas vitórias quantas derrotas (quatro), sendo que, tal como o Fontinhas, ainda não empatou qualquer jogo. Ganhou inclusivamente a adversários do topo da tabela, como o Benfica e Castelo Branco e Marinhense (actuais 3.º classificados), assim como ao União 1919 (6.º) e V. Sernache.

Já o Peniche, na condição de forasteiro, tem obtido alguns bons resultados, tendo vencido em Santarém, nos Açores, frente ao Fontinhas, e em Cernache do Bonjardim.

As duas equipas parecem, contudo, abaixo das suas melhores fases nesta temporada, com o União a ter de dar “tudo por tudo” para ganhar, de forma a manter viva a esperança.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 11.02.2024)

A 18.ª jornada do Campeonato de Portugal não regista qualquer confronto entre candidatos, destacando-se as saídas do comandante, Alverca “B”, a Peniche; e do Lusitânia, até Coimbra, para defrontar o União 1919. Em qualquer caso, todos os cinco primeiros classificados se perfilam com boa dose de favoritismo a ganhar, sendo que, inclusivamente, os outros três actuam nos seus terrenos.

O Peniche, aparentemente em queda de resultados, recebe o outra vez líder, Alverca “B”. Se atendermos ao resultado da primeira volta, em que os ribatejanos golearam por 7-0, tal poderá dar a ideia de que o desfecho deste reencontro não se deixará de traduzir em novo triunfo do Alverca.

Tal é ainda reforçado pela tendência recente das duas formações: o Peniche perdeu cinco dos seus seis últimos jogos, apenas tendo vencido o Sertanense, já há quase um mês; ao invés, o Alverca ganhou seis dos sete últimos desafios.

Acresce ainda que os visitados já por três vezes foram derrotados em casa, o mesmo número de vitórias averbadas pelos forasteiros na condição de visitante. Será possível uma surpresa hoje?

O Lusitânia, deslocando-se a Coimbra – em jogo agendado para esta manhã –, vinha de um empate na Sertã, após ter triunfado nas cinco rondas precedentes. Por seu lado, o União 1919 ganhara um único dos seus oito desafios mais recentes, há duas semanas, ante o Fontinhas. Na primeira volta, o desfecho foi tangencial, a favor dos açorianos.

Em casa, o União 1919 perdeu com o Alverca “B” e o Rabo de Peixe; fora, o Lusitânia tem um balanço repartido, de três vitórias, dois empates e três derrotas. Dispondo de maior dose de favoritismo, poderá, ainda assim, não ser desta que conseguirá levar de vencida um adversário posicionado acima da “linha de água”.

O U. Santarém cedeu, na semana passada, um empate (a zero) na recepção ao Marinhense, o que lhe custou a perda da liderança. Recebe, hoje o Sertanense, num reencontro com este oponente, depois de, há onze meses, ter vencido por 2-0, sendo nova vitória o resultado mais provável.

Até porque, recorde-se, antes desse empate, os escalabitanos registaram um ciclo de cinco triunfos consecutivos. A turma da Sertã vai “fazendo pela vida”, amealhando pontos, que lhe conferem, nesta altura, uma boa 6.ª posição, pese embora ainda não livre de eventuais perigos.

Na primeira volta registou-se um nulo. Hoje, o U. Santarém, que só perdeu um jogo em casa, deverá voltar a somar os três pontos, frente a um adversário que ganhou fora por duas vezes, em Rabo de Peixe e Gouveia.

O Benfica e Castelo Branco procurará recuperar, esta tarde, do desaire sofrido em Alverca, sendo que na saída anterior, há três semanas, tinha sido também derrotado, em Santarém.

Recebe, esta tarde, o U. Tomar, num reencontro entre dois “velhos conhecidos”, que se defrontaram já em seis ocasiões, entre 1964 e 2000, a contar para a II e III Divisão Nacional, com um balanço favorável aos albicastrenses, que somaram quatro triunfos, não tendo o União conseguido melhor do que dois empates, já em 1989 e em 1998.

Após ter superado um terrível ciclo de sete derrotas consecutivas, ganhando ao União 1919 e empatando em Cernache, os tomarenses voltaram a perder, em casa, na passada semana.

Contando, até à data, somente dois pontos alcançados em terreno alheio, mercê de dois empates, em Peniche e em Cernache do Bonjardim (em que, em ambos os casos, deixou escapar a vitória já mesmo a acabar os jogos), e enfrentando várias limitações, ao União resta sonhar… e aplicar-se a fundo.

O Marinhense joga mais uma importante cartada, “proibido” de perder pontos em casa, frente a adversários menos cotados, como será o caso do Mortágua.

Estes dois emblemas cruzaram-se por duas vezes, em 2021 e 2022, tendo a formação da Marinha Grande vencido em ambas as ocasiões, por 2-1 e 3-1.

É preciso ter em atenção que o Mortágua ganhou em duas das três últimas rondas, somando preciosos pontos. Fora de casa só ganhou uma vez (em Tomar), mas empatou nada menos de quatro. Por seu lado, o Marinhense, tem oportunidade para reforçar o seu já muito bom desempenho em casa, em que somou seis triunfos em sete jogos, apenas tendo sido batido pelo U. Santarém.

As duas partidas restantes colocam frente-a-frente rivais na desesperada luta pela manutenção, no V. Sernache-Rabo de Peixe e no Gouveia-Fontinhas.

A equipa de Cernache perdeu um único dos quatro encontros já disputados na segunda volta, precisamente no passado Domingo, nos Açores, ante o Fontinhas. Quanto ao Rabo de Peixe, surge motivado pela vitória alcançada na última ronda, frente ao União 1919.

Em casa, o V. Sernache ganhou apenas duas vezes, somando cinco empates, para lá de duas derrotas. O grupo açoriano apenas conseguiu vencer, no continente, em Coimbra. Esta tarde, a repartição de pontos parece ser um cenário de boa probabilidade, uma vez mais.

O Gouveia conseguiu, na semana passada, em Tomar, dar uma “sapatada” na sua crise de resultados (tinha perdido os quatro jogos anteriores), recebendo hoje o Fontinhas, também vitorioso no Domingo.

No seu reduto os homens da Serra contam apenas dois triunfos e dois empates, tendo sido batidos já por cinco vezes. Por seu lado, os açorianos registam também uma única vitória no continente, em Tomar. O Fontinhas poderá ter alguma prevalência no jogo desta tarde, mas o empate também não surpreenderia.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 04.02.2024)

O Campeonato de Portugal avança já para o final do seu segundo terço, com a disputa, hoje, da 17.ª jornada, em que se destacam dois embates, envolvendo quatro dos cinco primeiros da tabela: o U. Santarém-Marinhense e o Alverca “B”-Benfica e Castelo Branco.

U. Santarém e Marinhense, respectivamente 2.º e 5.º classificados, cruzam-se pela terceira vez nesta competição: depois de um empate em Maio de 2021, os escalabitanos golearam, em Abril do ano passado, por categórico 4-0. Na primeira volta, a turma da capital do Distrito foi vencer à Marinha Grande, por 4-2.

Os santarenos, igualados em pontos com o líder, têm em curso a melhor sequência da temporada, com cinco triunfos consecutivos; já os albicastrenses ganharam quatro dos seus últimos cinco jogos.

Em casa, o U. Santarém só perdeu com o Peniche (logo na fase inicial do campeonato), tendo também cedido um inesperado empate com o Gouveia; de resto, cinco vitórias. Por seu lado, o Marinhense apenas ganhou em Peniche e em… Gouveia.

No desafio desta tarde, os donos da casa perfilam-se com maior dose de favoritismo a somar mais três pontos.

Alverca “B” e Benfica e Castelo Branco ocupam, presentemente, a 3.ª e 4.ª posição, no encalce dos líderes, a um e a dois pontos, respectivamente. Estas duas formações nunca se defrontaram em Alverca; tendo-se registado, na primeira volta, em Castelo Branco, um empate a zero.

A turma ribatejana ganhou cinco das suas últimas seis partidas, apenas tendo sido surpreendida, há duas semanas, pelo V. Sernache. Os albicastrenses registam percurso similar ao do Marinhense, tendo vencido em quatro das cinco rondas mais recentes.

Em casa, o Alverca “B” cedeu pontos – além do referido desaire, ante o V. Sernache – num nulo, frente ao União 1919. Por seu turno, o Benfica e Castelo Branco ganhou em Mortágua e na Sertã.

Podendo o factor casa conferir alguma maior tendência a favor do Alverca “B”, o empate será também um cenário possível.

Também em estreia, em jogos na Sertã, o Sertanense terá a visita do comandante, Lusitânia, depois de, na primeira volta, os açorianos terem vencido no seu terreno por 3-1.

A formação de Angra do Heroísmo segue também com cinco vitórias consecutivas, um “record” partilhado com o U. Santarém, na presente edição da prova, nesta série. Ao contrário, o Sertanense perdeu em três das quatro últimas jornadas (apenas tendo ido ganhar ao Rabo de Peixe, há quinze dias).

O conjunto da Sertã tem sido consistente em casa, com quatro triunfos e um empate, contando uma única derrota, frente ao Benfica e Castelo Branco. O Lusitânia, em jogos em terreno alheio, apresenta um balanço nivelado, com três vitórias, um empate e três derrotas, mas tendo os triunfos sido obtidos perante equipas actualmente abaixo da “linha de água”.

Poderá apontar-se, neste caso, maior favoritismo para os forasteiros, que, não obstante, não deverão ter uma tarde descansada, podendo mesmo o Sertanense vir a pontuar.

O União 1919 – que conseguiu, enfim, colocar termo a um ciclo de seis jogos sem ganhar, ao bater, na passada semana, o Fontinhas – defronta outro grupo açoriano, deslocando-se a Rabo de Peixe, clube que ganhou um único dos doze últimos desafios que disputou, encontrando-se em posição delicada na pauta classificativa.

Estes dois emblemas apenas se cruzaram, na primeira volta, em Coimbra, tendo, então, os açorianos vencido por 2-1.

O Rabo de Peixe conta só dois triunfos em oito jogos em casa, frente ao líder, Lusitânia, e ao U. Tomar. Os conimbricenses têm desempenho sofrível fora de casa, tendo conseguido uma única vitória, em Gouveia, e empatado, de forma surpreendente, em Alverca.

Num jogo de tripla, o empate poderá ser também um cenário de alguma probabilidade.

Mortágua e Peniche disputam também um desafio de grande importância em termos da luta pela manutenção.

Os homens da casa só ganharam um dos seis últimos jogos, enquanto o Peniche perdeu quatro dos cinco encontros mais recentes, apenas tendo vencido o Sertanense, há três semanas.

Em Mortágua, os locais foram batidos pelo Lusitânia e pelo Benfica e Castelo Branco. O Peniche soma já três triunfos em terreno alheio (em Santarém, Cernache e frente ao Fontinhas), não tendo registado ainda qualquer empate fora de casa… o que poderá vir a suceder hoje.

Crucial na luta pela permanência será também o Fontinhas-V. Sernache, duas equipas que se defrontaram, nos Açores, em duas ocasiões, em épocas recentes: em 2020, o V. Sernache ganhou por tangencial 1-0; há dois anos, registou-se uma igualdade a duas bolas.

 A formação do continente parece em melhor fase, tendo pontuado nos três desafios realizados na segunda volta do campeonato, enquanto os açorianos vêm de dois desaires.

Ainda assim, o Fontinhas poderá somar, hoje, o quarto triunfo em casa – isto não obstante o V. Sernache ter vencido já, nos Açores, no reduto do Rabo de Peixe, para além da inesperada vitória averbada em Alverca, há duas semanas.

Mais uma “final” é aquilo em que se traduz o compromisso do U. Tomar, recebendo o Gouveia, com os dois emblemas, nesta altura, a partilhar o indesejado último lugar.

Os dois clubes só se cruzaram uma vez, no já distante ano de 1968, então em partida a contar para a II Divisão Nacional, que os unionistas venceram por 3-0, na temporada da histórica primeira subida do União à I Divisão.

Esta época, na primeira volta, os homens da Serra superiorizaram-se, ganhando por 2-0. Os gouveenses vêm de quatro derrotas sucessivas, tendo o União somado quatro pontos nos dois últimos jogos.

Este pode ser um encontro propício a que os tomarenses obtenham o seu 5.º triunfo na prova, mas, para tal, terão de superar-se, atendendo às condicionantes com que se defrontam, com vários jogadores indisponíveis.

(Texto da rubrica da Rádio Hertz, com a perspectiva da jornada – 28.01.2024)